sexta-feira, 29 de agosto de 2014

UM CONTO DE HORROR NO LAGO - CAPÍTULO 4

Todos dormiram até cerca de nove da manhã. Então Carlos acordou a todos para que se arrumassem. Os seis amigos tomaram café da manhã, arrumaram o barco e então saíram através do lago e subiram o rio que desaguava nele. Seguiram por alguns quilômetros até um local que Carlos conhecia. Era uma praia muito bonita a margem direita do rio. Os amigos ancoraram o barco, desceram cervejas, uma churrasqueira, carvão, carne e iniciarão um churrasco na beira da praia. Enquanto os rapazes conversavam envolta da churrasqueira as moças nadavam.

- Carlos olhou com cara de lerdo para Lucas. E ai Lucas, como foi a noite? Rolou alguma coisa?

- Foi excelente. A Giselle é simplesmente maravilhosa. Confesso que foi a melhor que eu já tive. E você Pedro, conseguiu alguma coisa com a Denise?

- Só alguns amassos. A Denise não é igual à Giselle. Na verdade acho que ela nem teria dormido comigo na primeira noite se não tivesse ficado com medo da história que o Nicolas contou. Por falar nisso me lembre de agradecer ele quando voltarmos.

- É Carlos, ele tem muito que agradecer! Há! Há! Há!

- Quem não tem muito o que agradecer a ele é você não é Lucas – provoca Pedro.

- O que você quer dizer com isso? – Lucas olha para Carlos sem entender.

- Não olha para ele não cara. A sua preciosa Giselle ficou de olho comprido no caseiro desde quando chegamos. Há! Há! Há! Toma cuidado para não dançar na loira antes do fim de semana acabar.

- Não viaja Pedro. Por um acaso vocês já viram alguma mulher resistir ao garanhão aqui?

- Nunca né. Mas para tudo se tem uma primeira vez – Pedro e Carlos começam a gargalhar e Lucas entra na brincadeira e ri também.


***


As garotas nadam, brincam e conversam. Clara provoca: E ai meninas, como foi à noite de vocês?

- A minha foi maravilhosa! O Lucas não deixou nada a desejar. E a sua Denise.

- Melhor impossível. O Pedro é tudo o que sempre sonhei, sem tirar nem por. Ele é super carinhoso.

- Fico feliz meninas. Essa viagem foi para vocês quatro se conhecerem e se curtirem.

Todas começam a rir. Brincam mais algum tempo na água até que os rapazes se juntam a elas na diversão. Beijos e pegação rolam soltos. Depois todos saem da água, brincam na areia, rolam, se bronzeiam, conversam e comem. A curtição dura boa parte da tarde.

Tudo estava as mil maravilhas com todos curtindo o dia e aproveitando ao máximo. Isso até que Clara vê um vulto no meio da mata atrás da praia, um vulto com a forma de uma pessoa que estaria olhando para ela e seus amigos. Ela fixa seu olhar na direção do vulto para ter certeza se aquilo não era coisa da sua cabeça. É ai que o vulto se movimenta no meio das árvores e então Clara grita. Todos se assustam e perguntam o que houve.

- Tem alguém ali no meio das árvores. Eu vi, estava olhando para a gente.

- Amor, você tem certeza disso?

- Sim, eu tenho.

Os três rapazes se juntam e vão até o local que Clara havia indicado. Eles olham, procuram, entram um pouco na mata procurando rastro de algum humano, mas não encontram nada e então voltam para a praia.

- Não encontramos ninguém meu amor. Deve ter sido sua imaginação.

- Eu sei o que vi Carlos! E com certeza não foi minha imaginação. Ai meu Deus! E se for o assassino que o Nicolas falou para gente.

Giselle e Denise ficam apavoradas com a possibilidade.

- Olha meu amor, aquilo foi só uma história, um conto, uma ficção, não existiu, está bem?

- Mesmo assim vamos embora. Estou com medo, não quero ficar aqui no meio do mato. Por favor, vamos.

Os rapazes ficam relutantes, porém Giselle e Denise concordam com Clara e por isso não houve o que fazer, eles tiveram que concordar. Os seis recolhem suas coisas, voltam para o barco e retornam para a casa do lago.

Quando chegam de volta na cabana o sol já estava se pondo. Lucas observa que a casa de Nicolas está toda trancada e pergunta para Carlos o porquê. Carlos responde que o caseiro havia avisado que iria até a cidade e que poderia não voltar até o dia seguinte.

- Provavelmente quis nos deixar mais à vontade – diz Pedro.

Todos ficam parados em pé na frente da casa observando o pôr-do-sol, vendo a luz refletindo no lago e produzindo uma das mais belas paisagens possíveis. Denise fica toda derretida com a vista e beija Pedro. 
Após alguns minutos os amigos entram todos em casa e sentam-se no sofá. Depois de jogarem conversa fora vão todos para seus quartos e um á um se dirigem ao banheiro para se banharem.


***


Durante a noite os amigos se reúnem na cozinha enquanto fazem o jantar, brincam, conversam, bebem e se divertem. Quando a refeição fica pronta eles se reúnem na mesa de jantar e depois de comerem vão para a área de estar. Clara e Carlos deitam-se juntos no sofá, Pedro e Denise ficam juntos em um puff á esquerda e Lucas e Giselle ficam em outro puff á direita. Os amigos conversam por horas enquanto bebem e acabam pegando no sono. Por volta das dez e meia Giselle acorda e escuta um barulho no fundo da casa. Ela fica assustada e acorda os amigos, conta o que ouviu e acaba assustando também as amigas.

- Calma gente – fala Carlos. Vocês não tem porque ficarem com medo. Provavelmente o Nicolas chegou e deve estar checando o gerador. Ele é muito cuidadoso com o serviço dele.

- Amor, mas e se for alguém? Não é melhor vocês irem ver? – Denise e Giselle concordam.

- Olha meninas, eu poderia discutir com vocês, mas como eu sei que isso não iria adiantar nós vamos lá dar uma olhada. Vamos rapazes!

Os três rapazes se dirigem para os fundos da casa, passam pela cozinha, saem da casa e vão até o depósito.

- Nicolas! Você está ai? – Carlos pergunta em tom de voz elevado. Os amigos não obtém nenhuma resposta. Eles então entram. O local é cheio de objetos, existe uma estante com caixas no meio do cômodo, os três passam por ela para olhar próximo ao gerador de energia que fica atrás dela. Assim que passam pela estante veem caído ao lado do gerador um...

Cadáver...

Barbudo... Trajando jeans... e uma camisa xadrez... e com botinas...

E com um... corte na garganta...

Continua......


POR VINÍCIUS VIEIRA DE FARIA.
EM 29/08/2014.

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Um comentário:

  1. Olá, Vinicius, tudo bem ?
    Nesta tarde meio sol, meio cinza, de sábado aqui em Sampa, aproveito para te desejar, um fim de semana agradável. Cada um, dentro do seu proporcional tempo. Mas, não podemos esquecer, que é o Criador, o regente dos nossos sonhos e inspirações. Portanto, nesse caminhar de vontades, o que não aconteceu no dia de hoje, é por que, só realizar-se, em um tempo determinado. E todo tempo é tempo, desde que o Pai Eterno, assim, nos conceda.
    Paz e Luz
    Abraços.

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