sexta-feira, 29 de agosto de 2014

UM CONTO DE HORROR NO LAGO - CAPÍTULO 4

Todos dormiram até cerca de nove da manhã. Então Carlos acordou a todos para que se arrumassem. Os seis amigos tomaram café da manhã, arrumaram o barco e então saíram através do lago e subiram o rio que desaguava nele. Seguiram por alguns quilômetros até um local que Carlos conhecia. Era uma praia muito bonita a margem direita do rio. Os amigos ancoraram o barco, desceram cervejas, uma churrasqueira, carvão, carne e iniciarão um churrasco na beira da praia. Enquanto os rapazes conversavam envolta da churrasqueira as moças nadavam.

- Carlos olhou com cara de lerdo para Lucas. E ai Lucas, como foi a noite? Rolou alguma coisa?

- Foi excelente. A Giselle é simplesmente maravilhosa. Confesso que foi a melhor que eu já tive. E você Pedro, conseguiu alguma coisa com a Denise?

- Só alguns amassos. A Denise não é igual à Giselle. Na verdade acho que ela nem teria dormido comigo na primeira noite se não tivesse ficado com medo da história que o Nicolas contou. Por falar nisso me lembre de agradecer ele quando voltarmos.

- É Carlos, ele tem muito que agradecer! Há! Há! Há!

- Quem não tem muito o que agradecer a ele é você não é Lucas – provoca Pedro.

- O que você quer dizer com isso? – Lucas olha para Carlos sem entender.

- Não olha para ele não cara. A sua preciosa Giselle ficou de olho comprido no caseiro desde quando chegamos. Há! Há! Há! Toma cuidado para não dançar na loira antes do fim de semana acabar.

- Não viaja Pedro. Por um acaso vocês já viram alguma mulher resistir ao garanhão aqui?

- Nunca né. Mas para tudo se tem uma primeira vez – Pedro e Carlos começam a gargalhar e Lucas entra na brincadeira e ri também.


***


As garotas nadam, brincam e conversam. Clara provoca: E ai meninas, como foi à noite de vocês?

- A minha foi maravilhosa! O Lucas não deixou nada a desejar. E a sua Denise.

- Melhor impossível. O Pedro é tudo o que sempre sonhei, sem tirar nem por. Ele é super carinhoso.

- Fico feliz meninas. Essa viagem foi para vocês quatro se conhecerem e se curtirem.

Todas começam a rir. Brincam mais algum tempo na água até que os rapazes se juntam a elas na diversão. Beijos e pegação rolam soltos. Depois todos saem da água, brincam na areia, rolam, se bronzeiam, conversam e comem. A curtição dura boa parte da tarde.

Tudo estava as mil maravilhas com todos curtindo o dia e aproveitando ao máximo. Isso até que Clara vê um vulto no meio da mata atrás da praia, um vulto com a forma de uma pessoa que estaria olhando para ela e seus amigos. Ela fixa seu olhar na direção do vulto para ter certeza se aquilo não era coisa da sua cabeça. É ai que o vulto se movimenta no meio das árvores e então Clara grita. Todos se assustam e perguntam o que houve.

- Tem alguém ali no meio das árvores. Eu vi, estava olhando para a gente.

- Amor, você tem certeza disso?

- Sim, eu tenho.

Os três rapazes se juntam e vão até o local que Clara havia indicado. Eles olham, procuram, entram um pouco na mata procurando rastro de algum humano, mas não encontram nada e então voltam para a praia.

- Não encontramos ninguém meu amor. Deve ter sido sua imaginação.

- Eu sei o que vi Carlos! E com certeza não foi minha imaginação. Ai meu Deus! E se for o assassino que o Nicolas falou para gente.

Giselle e Denise ficam apavoradas com a possibilidade.

- Olha meu amor, aquilo foi só uma história, um conto, uma ficção, não existiu, está bem?

- Mesmo assim vamos embora. Estou com medo, não quero ficar aqui no meio do mato. Por favor, vamos.

Os rapazes ficam relutantes, porém Giselle e Denise concordam com Clara e por isso não houve o que fazer, eles tiveram que concordar. Os seis recolhem suas coisas, voltam para o barco e retornam para a casa do lago.

Quando chegam de volta na cabana o sol já estava se pondo. Lucas observa que a casa de Nicolas está toda trancada e pergunta para Carlos o porquê. Carlos responde que o caseiro havia avisado que iria até a cidade e que poderia não voltar até o dia seguinte.

- Provavelmente quis nos deixar mais à vontade – diz Pedro.

Todos ficam parados em pé na frente da casa observando o pôr-do-sol, vendo a luz refletindo no lago e produzindo uma das mais belas paisagens possíveis. Denise fica toda derretida com a vista e beija Pedro. 
Após alguns minutos os amigos entram todos em casa e sentam-se no sofá. Depois de jogarem conversa fora vão todos para seus quartos e um á um se dirigem ao banheiro para se banharem.


***


Durante a noite os amigos se reúnem na cozinha enquanto fazem o jantar, brincam, conversam, bebem e se divertem. Quando a refeição fica pronta eles se reúnem na mesa de jantar e depois de comerem vão para a área de estar. Clara e Carlos deitam-se juntos no sofá, Pedro e Denise ficam juntos em um puff á esquerda e Lucas e Giselle ficam em outro puff á direita. Os amigos conversam por horas enquanto bebem e acabam pegando no sono. Por volta das dez e meia Giselle acorda e escuta um barulho no fundo da casa. Ela fica assustada e acorda os amigos, conta o que ouviu e acaba assustando também as amigas.

- Calma gente – fala Carlos. Vocês não tem porque ficarem com medo. Provavelmente o Nicolas chegou e deve estar checando o gerador. Ele é muito cuidadoso com o serviço dele.

- Amor, mas e se for alguém? Não é melhor vocês irem ver? – Denise e Giselle concordam.

- Olha meninas, eu poderia discutir com vocês, mas como eu sei que isso não iria adiantar nós vamos lá dar uma olhada. Vamos rapazes!

Os três rapazes se dirigem para os fundos da casa, passam pela cozinha, saem da casa e vão até o depósito.

- Nicolas! Você está ai? – Carlos pergunta em tom de voz elevado. Os amigos não obtém nenhuma resposta. Eles então entram. O local é cheio de objetos, existe uma estante com caixas no meio do cômodo, os três passam por ela para olhar próximo ao gerador de energia que fica atrás dela. Assim que passam pela estante veem caído ao lado do gerador um...

Cadáver...

Barbudo... Trajando jeans... e uma camisa xadrez... e com botinas...

E com um... corte na garganta...

Continua......


POR VINÍCIUS VIEIRA DE FARIA.
EM 29/08/2014.

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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

COMPANHEIRA

Sabe o que é uma companheira, uma esposa de verdade?
É aquela que te apoia quando você precisa,
é aquela que quando você tropeça te ajuda a se levantar.
Companheira é aquela que consegue te dar força com um simples olhar.

Companheira é a pessoa que te defende mesmo quando você está errado,
e que te orienta como pode para lhe ajudar a acertar.
É aquela que caminha ao seu lado,
que cresce com você,
que acerta ou erra com você.

Uma companheira de verdade lhe ajuda a superar as dificuldades,
e ela nunca lhe abandona.
Uma companheira é aquela pessoa que supera os obstáculos da vida ao seu lado,
é aquela pessoa que torna sua vida melhor,
que te torna uma pessoa mais feliz,
é a peça que encaixa no seu quebra cabeças.

Valorize essa pessoa, valorize sua companheira,
Pois é ela quem vai estar ao seu lado pelo resto da vida,
é com ela que você vai compartilhar os momentos bons e também os ruins.

Então ame ela, cuide dela e faça ela feliz,
para que ela esteja ao seu lado por toda sua vida,
para que juntos vocês  trilhem seus caminhos
e terminem suas jornadas.

Por Vinícius Vieira de Faria.
Em 25/08/2014.

domingo, 24 de agosto de 2014

CRÍTICA DA SÉRIE DE TELEVISÃO: THE FOLLOWING – 1° TEMPORADA

The Following é uma série de tv Norte Americana que começou a ser exibida no Brasil em 21 de Fevereiro de 2013. O seriado é um thriller policial estrelado por Kevin Bacon no papel de Ryan Hard, tendo como antagonista Joe Carroll personagem de James Purefoy.

O enredo da série parte da premissa de um ex-agente do FBI (Ryan Hard) que é convocado pela agencia federal americana para deter uma seita de serial killers formada por Joe Carroll. Ryan é convocado por ter sido o responsável pela prisão de Joe a cerca de uma década, quando este era professor de literatura em uma universidade e matou 14 moças. Joe é fascinado pela obra do escritor Edgar Allan Poe e usa os elementos dos livros do escritor para praticar seus homicídios e para inspirar seus seguidores.

The Following é um seriado para aqueles que gostam de histórias policiais onde os vilões não são tolos, na verdade em The Following o vilão é na maior parte do tempo mais esperto que o mocinho, e onde os policiais devem pensar como os bandidos para tentarem descobrir o que estes planejam.

O seriado tem como pontos positivos o enredo bem construído e o suspense que prendem a atenção do telespectador do começo ao fim. Além do enredo e do suspense The Following não é aquele seriado onde você sabe exatamente o que vai acontecer na próxima cena, à surpresa esta presente durante todos os episódios e isso é talvez o principal ponto positivo da série.

Como não existe nenhuma produção perfeita á serie também apresenta seus pontos negativos. Entre eles estão o fim da temporada que acabou sendo parcialmente decepcionante, além do fato de que à medida que a temporada se aproxima dos últimos episódios o enredo acaba perdendo o foco na seita de serial killers e começa a focar em outros elementos o que pode acabar levando a uma perca de interesse e a uma diminuição do ansiedade por parte dos fãs.

A temporada merece uma nota 9,5 para sua primeira metade e um 8,5 para a segunda o que totaliza uma média 9,0. The Following está com certeza entre os melhores seriados da atualidade tendo sua segunda temporada já lançada no Brasil e a terceira já confirmada para produção. O fato que merece ser salientado é que a segunda parte da temporada poderia ter sido mais bem elaborada o que significa que a serie em si não atingiu seu potencial máximo. Por isso o que resta é esperar que os erros da primeira temporada não venham a ser cometidos na segunda e que ela possa surpreender os fãs e principalmente atingir seu potencial máximo.

Para finalizar devo dizer que não recomendo o seriado para menores de dezoito anos por conter cenas fortes de sangue, morte e tortura.

POR VINICIUS VIEIRA DE FARIA.

EM 24/08/2014.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

UM CONTO DE HORROR NO LAGO - CAPÍTULO 3

CAPÍTULO 3

Por volta das 15 horas a Van azul de Carlos deixa a rodovia principal para entrar em uma pequena estrada que levaria os amigos ao seu destino final. Depois do incidente que ocorreu horas antes todos permaneceram calados até aquele momento quando Carlos quebrou o silêncio:

- Vamos garotas, não fiquem assim! Nós não podíamos voltar lá. Não deixem isso estragar nosso fim de semana.

- Vocês foram tão idiotas – respondeu Denise. Como puderam abandonar uma pessoa daquele jeito. O cara poderia estar vivo, precisando de um médico, de ajuda. Nós deveríamos ter pelo menos ligado e pedido socorro para ele.

- É claro! E dizer olha, nós causamos a batida do cara e agora estamos abandonando ele. Mas tentem chegar a tempo para salva-lo. Vê se acorda para a vida Denise!!!

Lucas solta uma risadinha. Pedro lhe dá uma cotovelada e ameniza a situação dizendo:

- Olha Denise, na hora eu concordei com vocês, mas pensando bem não podíamos ajudar o cara. Se voltássemos lá e ele estivesse vivo poderia ser perigoso, ele poderia estar armado e o pior poderia acontecer.

Lucas completa a fala de Pedro:

- E não poderíamos pedir socorro e abandonar o cara porque isso resultaria em uma investigação para saber se o acidente não foi causado por um ato criminoso... O que acarretaria em muitos outros problemas para nós.

- Não interessa! – fala Clara de forma firme. Nós não fizemos nada de errado, poderíamos explicar tudo. Agora abandonar o cara lá foi errado e acho que é até um crime.

Giselle fala pela primeira vez sobre a questão:

- Olha Clara, eu entendo o seu ponto de vista, mas acho que os rapazes estão certos. Não devemos estragar o nosso fim de semana por causa de um idiota.

- Tanto faz, não quero ficar falando sobre isso – diz Clara. Falar não vai mudar o que aconteceu, então é melhor esquecer.

E todos concordam.

***

Alguns minutos mais tarde o veículo dos amigos chega ao lago pelo lado norte. O ambiente era lindo, repleto de árvores em volta, a água era completamente transparente e o ar puro como em nenhum outro lugar. As garotas ficam maravilhadas com a visão daquele paraíso. Carlos começa a contornar o lago com sua Van quando Denise observa uma casa imensa na outra extremidade do lago.

- Carlos, que casa é aquela?

Giselle olha na direção em que Denise estava olhando e então grita maravilhada: Que casa enorme!!!

- Como assim Denise? – Pergunta Carlos. É a casa onde iremos ficar.

- Como assim digo eu. Nós não íamos acampar?

- Na verdade não. Eu e a Clara falamos isso só para que vocês se surpreendessem quando chegássemos. Essa casa é da minha família.

Então Pedro responde Carlos:

- Pois deu certo viu. Estou impressionado.

E todos concordam.

A casa era enorme, de madeira, pintada em um tom creme. A porta da frente era em um tom marrom que contrastava com a cor do imóvel. Havia duas janelas grandes, uma de cada lado da porta. No segundo andar existiam três janelas. No lado direito da casa havia outra casa menor, construída de tijolos, pintada na mesma cor da casa principal, com uma porta e uma janela. Todos observavam admirados o imóvel da família de Carlos até que este começou a falar:

- Aquelas três janelas do segundo andar são cada uma de um quarto e atrás deles existem mais três. A casa menor é onde mora o caseiro. E aquele barco é para passear no lago.

- Puxa! Já estou prevendo um fim de semana daqueles – Exclamou Giselle com um grande sorriso. Quantas vezes você esteve aqui Clara?

- Na verdade nenhuma. É a primeira vez que venho e devo dizer que estou tão maravilhada quanto você e a Denise.

- Admito que estou realmente surpresa – falou Denise. O segredinho de vocês me pegou de jeito.

- É Carlos, valeu a pena ter vindo! – diz Pedro concordando com Denise.

E Lucas libera sua energia gritando:

- Pisa fundo Carlos que quero curtir o mais cedo possível!!!

***

A Van estaciona em frente da casa e quase imediatamente um homem alto e forte, de boa aparência, com cerca de trinta anos, usando camiseta branca, calça camuflada, botas, e um facão na cintura se aproxima dos amigos e cumprimenta Carlos apertando a mão deste.

- Vocês demoraram. Achei que não viriam mais.

- Paramos para almoçar. Pessoal esse é o Nicolas, ele é o caseiro que cuida aqui da propriedade. Nicolas esses são Giselle, Denise, Pedro, Lucas e a minha namorada Clara.

O caseiro acena positivamente com a cabeça. Pedro e Lucas retribuem o cumprimento fazendo o mesmo gesto. As garotas apenas sorriem principalmente Giselle que se interessa muito pelo rapaz olhando-o de cima em baixo.

- Como seu pai me ligou no início da semana falando que vocês viriam eu ajeitei a casa e dei um trato no motor do barco. Fiquem a vontade e se precisarem de alguma coisa estarei na minha casa.

- Certo. Obrigado Nicolas.

***

Todos entraram na casa. O primeiro andar era divido em dois cômodos. O primeiro era uma sala, com um enorme sofá e vários puffs do lado direito, na frente destes havia uma estante onde estavam uma televisão de 42 polegadas, um aparelho DVD e uma grande coleção de DVDs. A esquerda havia uma escada com corrimão de madeira, por onde se acessava o segundo andar. Mais ao fundo da sala havia uma mesa de jantar para oito pessoas e a esquerda abaixo da escada existia uma estante com vários livros. Na parede do fundo estava à porta por aonde se chegava à cozinha. Nela havia um fogão e um freezer na parede esquerda, um balcão na parede do fundo e ao lado deste uma porta por onde se saía da casa, uma geladeira logo a direita da porta que dava acesso à sala, um pequeno armário a esquerda dessa porta, e um grande armário na parede da direita. No fundo da casa ficava um pequeno cômodo que era utilizado como depósito. Carlos mostrou a casa para todos e depois falou:

- Bom pessoal, agora que vocês conheceram o primeiro andar podem se instalar e ficar a vontade, a casa é de vocês. O sinal do celular é ruim aqui, mas na estrada ele é melhor. A energia elétrica é gerada por um gerador que fica no depósito e temos que colocar gasolina nele. Como eu falei lá em cima tem seis quartos. O ultimo do lado direito é meu e da Clara. O banheiro fica no fim do corredor. Vocês podem ficar a vontade e escolher o de vocês.

***

Algumas horas depois já estava anoitecendo e os amigos já haviam descarregado a Van, abastecido a geladeira e ocupado seus quartos. Pedro ficou com o primeiro quarto à direita, Denise com o primeiro à esquerda, Lucas ficou com o ultimo quarto à esquerda e Giselle ficou com o segundo quarto à direita.
Todos exceto Lucas estavam na cozinha conversando alegremente enquanto Clara e Carlos cozinhavam. Foi então que Clara decidiu colocar seu plano de juntar Pedro e Denise em ação.

- Pedro por que você e a Denise não vão para a sala e escolhem o filme que iremos assistir?

Pedro encolheu os ombros e disse:

- Por mim tudo bem. Você gostaria de me acompanhar Denise?

- Claro Pedro. Vai ser um prazer.

Os dois saíram rumo à sala. Clara e Carlos começaram a se beijar e a confabular sobre o casalzinho que eles estavam tentando formar. Giselle que não gostava de ficar de vela subiu para o segundo andar. Chegando lá ela escutou o barulho do chuveiro e não perdeu tempo, abriu a porta devagar e entrou no banheiro.

Lucas não pareceu nem um pouco surpreso com a chegada de Giselle.

- Eu estava esperando por você. Achei que tivesse ficado acanhada de repente.

Giselle tirou sua roupa e então se aproximou de forma voraz de Lucas e falou:

- Querido, quando eu acabar será você quem ficara acanhado.

***

- Que tipo de filme você gosta Pedro?

- Sou fã de filmes de terror.

- Sério? Eu também. Amo de paixão.

- Que coincidência. Bem, vamos ver se encontramos algum filme de terror bom aqui então Denise.

- Claro!

Os dois procuraram até que Denise encontrou um. Pânico na Floresta! Que tal esse? Pedro solta um sorriso e responde: Amo esse filme. Denise fica contente e completa: Que bom! Além de lindo tem ótimo gosto. Os dois ficam meio acanhados, mas Pedro não desvia o olhar. Ele aproxima lentamente seu rosto do de Denise, e se aproxima mais, mais, até que ela não aguenta mais se segurar e o beija. Um beijo apaixonado e cheio de fogo, um primeiro beijo guardado por anos. Clara estava escondida atrás da porta e vê tudo. Sua missão acabou sendo mais fácil do que ela esperava.

***

Mais tarde o jantar ficou pronto. Todos tomaram banho e se juntaram na sala para jantar enquanto assistiam ao filme escolhido pelo mais novo casal formado. Depois os garotos fizeram uma fogueira em frente à casa próximo ao lago... e se reuniram ao redor dela e começaram a contar histórias, algumas de terror, embora nada assustadoras. Então Nicolas se aproxima dos amigos.

- Boa noite pessoal!

- E ai Nicolas – responde Carlos. Senta ai com a gente cara.

Nicolas se senta com os amigos. Notei que vocês estavam contando histórias de terror pessoal. Será que posso contar uma? 

Todos concordam.

- Bom. Isso aconteceu há alguns anos. Cerca de dez quilômetros ao leste daqui existe uma pequena cidade. Nela havia um homem. Ele era solitário, quase nunca conversava com os moradores e ninguém sabia nada sobre ele. Certo dia um grupo de seis adolescentes que estava acampando próximo daqui foi atacado por alguém. Eles foram mortos da forma mais cruel possível, havia sangue por todos os lados, alguns tiveram suas gargantas cortadas, outros foram estripados. A polícia local investigou e não encontrou nenhum suspeito. Então os moradores acusaram aquele homem que ninguém conhecia direito. A polícia não podia fazer nada porque não havia provas contra ele, mas o que aconteceu depois foi algo chocante. Algumas dezenas de pessoas foram até a casa daquele homem e o torturaram até a morte. As autoridades não fizeram nada contra os culpados daquele crime, e tudo foi esquecido como se a justiça tivesse sido feita. Mas acontece que alguns meses depois outro grupo de adolescentes foi massacrado da mesma forma que o primeiro. Foi aí que as pessoas perceberam que aquele homem não tinha nada a ver com aqueles homicídios. A polícia nunca encontrou o culpado, mas ao longo dos anos muitos jovens que vem de fora da cidade para acampar na região foram assassinados de forma brutal. Uns dizem que é o mesmo cara do primeiro homicídio, outros que é o espírito do homem que voltou para se vingar do que foi feito com ele. Fim.

- Nicolas, você é um idiota se acha que vamos acreditar em você – falou Carlos quando o caseiro acabou de falar.

- Pode crer cara – concordou Lucas.

As garotas por outro lado estavam um pouco assustadas. Pedro percebeu isso. Bom, acho que é hora de todos irmos dormir, já está tarde e amanhã o dia vai ser longo. As garotas concordaram com Pedro e seus amigos também. Nicolas se despediu e todos foram para cama. Giselle foi dormir no quarto de Lucas. Pedro e Denise dormiram juntos no quarto dele. Normalmente Denise não dormiria com um cara na primeira noite, mesmo esse cara sendo o Pedro. Mas o fato é que a história de Nicolas havia assustado tanto ela quanto as amigas e nenhuma delas queria passar a noite sozinha.

Continua......


Por Vinícius Vieira de Faria.
Em 21/08/2014.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

MEDO DA MORTE

Medo da morte, muitos tem, outros nem tanto.
Mas por que ter medo dela?
Creio que não seja propriamente medo da morte que as pessoas tem, mas sim do desconhecido, do que vêm após ela.
Céu, inferno, purgatório, nada...
E qual das possibilidades é a mais temida?
Muitos diriam que é o medo de ir para o inferno, mas creio que o medo do nada, do vazio, do fim seja tão grande e talvez até maior do que o primeiro.
Talvez por isso nos apeguemos tanto a essa existência, porque talvez ela seja a única e dessa maneira o medo da morte não passa de medo do fim.
Medo da morte nada mais é do que medo do desconhecido. Mas apesar desse medo a morte faz parte da nossa existência e portanto deve ser aceita para que possa ser experimentada da melhor maneira possível.
Assim como os sabores, o primeiro andar de bicicleta e a primeira transa, a morte é uma experiência e diferente das demais ela é inevitável. Por isso não devemos temer a morte e sim aceitá-la, para que possamos experimentá-la de forma tranquila e para que assim morramos felizes.
Lembre-se, a cada segundo você está um passo mais próximo da morte e se você tem medo dela passara a temê-la cada vez mais até que no momento em que ela chegar você estará tomado pelo pavor e a experiência não será proveitosa ou no mínimo será pior do que realmente deveria ser.
Podemos comparar a morte com uma vacina. Se você se desespera, se você a teme dias antes do momento em que ela vai acontecer, quando chega a hora a situação acaba sendo pior do que deveria ter sido e você até acaba percebendo que não era necessário todo aquele medo.
Então aceite que a morte virá e não tenha medo dela.
Sabe, você escolhe como vai experimentar a experiência: Como mais uma parte da vida e assim você pode morrer em paz inclusive desfrutando o que for possível desfrutar da experiência ou você pode ter uma morte cheia de pavor, medo e desespero que tornará a experiência pior e menos proveitosa.

Por Vinícius Vieira de Faria
Em 13.08.2014

terça-feira, 12 de agosto de 2014

UM CONTO DE HORROR NO LAGO - CAPÍTULO 2

Depois de almoçarem os seis amigos voltaram para a Van de Carlos e prosseguiram em sua viagem. Eles estavam todos em silencio ate que Denise iniciou conversa:

- Que cara sinistro era aquele? Fiquei morrendo de medo.

- Nem me fale, minhas pernas ficaram bambas – respondeu Clara. Ele pareceu tão perigoso.

- Perigoso nada! Era um bêbado isso sim – argumentou Lucas. Você não concorda Carlos?

- Concordo com a Clara. Ele não me pareceu um bêbado e sim um louco.

- Eu estou com vocês – completou Pedro. E eu não sei por que você tinha que dar um soco no cara Lucas, colocou todos nós em perigo.

- Dei um soco nele porque ele mereceu. E eu não sei como é que vocês podem ter ficado parados depois dele abusar da Giselle daquele jeito. A sorte do cara foi os garçons terem chegado para salvar a pele dele porque do contrário eu teria feito picadinho do cara!

- Aí que delícia! Adoro homem bravo. Você é um gostoso Lucas.

- E eu adoro uma gata selvagem como você Giselle!

- Vocês são dois idiotas mesmo - falou Carlos. O Pedro tem toda razão, sua atitude colocou a todos em perigo! O cara poderia ser muito perigoso, poderia estar armado ou com uma faca. Temos que ficar contentes que ninguém se machucou.

- Você e o Lucas são dois amarelões isso sim. Com ou sem faca eu teria acabado com o...
Baakkkkk!!!

Uma forte pancada na parte de trás da Van arremessa os amigos de um lado para o outro dentro do veículo.

- Mas que merda foi essa Carlos – Esbraveja Lucas.

Então Carlos olha no retrovisor e vê uma caminhonete preta atrás de sua Van – Ele fala: É o cara do restaurante. Todos os amigos olham para trás incrédulos.

- Mas o que esse cara quer? Pergunta Pedro.

- Eu não sei o que ele quer, mas sei o que ele vai ganhar – exclama Lucas. Vamos Carlos, encosta a Van que vou dar uma lição nesse animal.

- Amor não para! Esse cara é doido. É muito perigoso. Denise e Giselle, agora amedrontada, concordam com Clara.

Carlos concorda e pisa fundo. A Van começa a ganhar distância e os amigos respiram aliviados. Lucas exclama: Aquela lata velha nunca vai alcançar a gente. Mas para a surpresa de todos no mesmo instante a caminhonete acelera e começa a se aproximar rapidamente.

- Puta merda – fala Lucas surpreso. De onde ele tirou aquela coisa?

- Acelera amor!!! Ele vai alcançar a gente.

-Não dá! Meu pé tá lá embaixo, esse é o máximo que podemos ir.

A caminhonete foi se aproximando, se aproximando, se aproximando e baaaaakkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!!! Outra pancada, embora mais leve.

- Como que pode essa lata velha correr tanto – exclama Pedro.

Carlos responde: Não faço ideia.

O cara joga a caminhonete pela esquerda da Van. Os amigos tentam enxergar dentro dela, mas os vidros tinham uma película muito escura. Os dois veículos ficam emparelhados e então Baaaaaakkkk! Outra pancada, os amigos se chacoalham dentro do veículo e Carlos luta para manter sua Van na pista.

- Que cara folgado. Se é assim que ele quer jogar então vamos nessa! E Carlos joga sua Van para cima da caminhonete, que começa a perder o controle na pista, mas o motorista consegue recuperar a estabilidade e investe novamente com a caminhonete contra a Van. Nesse momento Carlos pensa rápido e freia bruscamente. A caminhonete choca sua parte traseira na dianteira da Van e gira para fora da pista em alta velocidade e então...

Baaakkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Se choca violentamente contra uma arvore.

- Mas que droga! – exclama Pedro. Agora temos que ajudar aquele idiota.

- Na verdade não temos não – responde Lucas. Ele quase nos matou. Ele que se vire agora.

Clara grita com Lucas: Você é um imbecil mesmo! É lógico que vamos parar. Não é meu amor?

- Sinto muito Clara, mas dessa vez eu concordo com o Lucas. O cara quase matou a gente. Eu não vou me arriscar indo até lá. Ele que se vire.

- Mas...

- Não amor, nós não vamos voltar.

Denise tenta intervir: Carlos nós precis...

- Não Denise! Nem termine. Eu já disse, nós não vamos voltar. Vamos direto para a casa do lago e ponto final.

As garotas ficam caladas sem acreditar naquilo que Carlos estava fazendo. Pedro prefere não dizer nada e Lucas sorri contente por ter vencido o adversário. A Van segue seu caminho, sumindo no horizonte e se distanciando cada vez mais do local onde a caminhonete bateu.


CONTINUA...

Por Vinícius Vieira de Faria.
Em 12.08.2014.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

GOIÂNIA CHORA POR SUAS MULHERES

Muito triste a situação que Goiânia tem vivido atualmente. Nossas mulheres estão sendo mortas por um (uns) individuo (os) a sangue frio. Famílias tem perdido mães, filhas, irmãs e esposas devido as ações de um cidadão que deveria ser caçado da pior forma possível. Nossas autoridades levaram meses para iniciar as ações de resposta a esse criminoso, isso partindo-se da premissa que realmente estão fazendo algo e que não vão deixar esse caso se juntar a outros tantos sem solução assim que a mídia esquecer esses assassinatos. Nossas mulheres estão com medo de sair as ruas, tendo o seu direito à vida e o de ir e vir castrados por um animal irracional que deveria estar preso ou de preferencia morto!

Enquanto isso perdemos as mulheres de nossa sociedade, que deveriam ser tratadas como uma verdadeira joia, mas que tem sido tratadas por esse verme e pelas autoridades como seres sem importância alguma. Só o que me cabe aqui é pedir a sociedade que se tiverem a oportunidade de capturar esse indivíduo que o façam, e que não permitam que nossos representantes e nossas leis deixem ele sair em pune.

Quanto as famílias das mulheres quero dizer que sei que nunca sentirão alívio e que essas moças lhes farão falta pelo resto de suas vidas, mas eu gostaria de deixar meus sinceros pêsames, desejar que vocês re-encontrem a  paz de espírito e que possam continuar suas vidas da melhor maneira possível.

Quanto as moças que foram mortas tudo o que posso fazer é deixar uma homenagem para vocês, dizer que suas vidas valiam muito e que meu coração sangra por termos perdido vocês. Quero dizer que desejo que todas estejam em um lugar melhor e que estejam em meio à anjos, em um local onde sejam tratadas como merecem, em um mundo sem crueldade e sem coisas horríveis.

Á todas as mulheres saibam que vocês valem ouro. E ao assassino saiba que desejo à você o castigo merecido e o sofrimento proporcional ao que você causou nas moças e em suas famílias. As autoridades e aos governantes peço que criem vergonha na cara de cada um de vocês e que resolvam a situação logo e tragam um pouco de conforto as famílias e a sociedade.

Por Vinícius Vieira de Faria.
Em 08.08.2014.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

CRÍTICA DO LIVRO BEIJADA POR UM ANJO vol. 1.

O livro foi escrito por Mary Claire Helldorfer que utiliza o pseudônimo de Elizabeth Chandler. Ela é uma escritora estadunidense pós graduada pela Misericórdia High School. Publicou a sextologia Beijada Por Um Anjo em 1995. O primeiro volume foi lançado no Brasil no ano de 2010 pela Editora Novo Conceito.

O livro é um misto de romance com suspense que conta a história de amor de Ivy e Tristan. No começo parece ser apenas um daqueles romances adolescentes com términos e reatamentos de namoro, mas no decorrer da história certos acontecimentos levam o livro para o lado do suspense sobrenatural e o final trás uma revelação incrível que ganha os leitores e os incentiva a lerem o próximo volume.

A narração é um pouco fraca sem muito detalhamento dos personagens, mas a história é muito boa. O mistério e a expectativa que o livro causa nos leitores é um dos principais elementos da obra. O recomendo para todos que gostam de literatura estrangeira, romance e suspense com elementos de sobrenatural.

Dou uma nota 8,0 para o livro, pois ele tem pontos positivos como o suspense e o mistério sem falar no enredo que é excelente, mas possui um ponto negativo que é a narrativa fraca.

Por Vinícius Vieira de Faria.

Em 05.08.2014.