terça-feira, 12 de agosto de 2014

UM CONTO DE HORROR NO LAGO - CAPÍTULO 2

Depois de almoçarem os seis amigos voltaram para a Van de Carlos e prosseguiram em sua viagem. Eles estavam todos em silencio ate que Denise iniciou conversa:

- Que cara sinistro era aquele? Fiquei morrendo de medo.

- Nem me fale, minhas pernas ficaram bambas – respondeu Clara. Ele pareceu tão perigoso.

- Perigoso nada! Era um bêbado isso sim – argumentou Lucas. Você não concorda Carlos?

- Concordo com a Clara. Ele não me pareceu um bêbado e sim um louco.

- Eu estou com vocês – completou Pedro. E eu não sei por que você tinha que dar um soco no cara Lucas, colocou todos nós em perigo.

- Dei um soco nele porque ele mereceu. E eu não sei como é que vocês podem ter ficado parados depois dele abusar da Giselle daquele jeito. A sorte do cara foi os garçons terem chegado para salvar a pele dele porque do contrário eu teria feito picadinho do cara!

- Aí que delícia! Adoro homem bravo. Você é um gostoso Lucas.

- E eu adoro uma gata selvagem como você Giselle!

- Vocês são dois idiotas mesmo - falou Carlos. O Pedro tem toda razão, sua atitude colocou a todos em perigo! O cara poderia ser muito perigoso, poderia estar armado ou com uma faca. Temos que ficar contentes que ninguém se machucou.

- Você e o Lucas são dois amarelões isso sim. Com ou sem faca eu teria acabado com o...
Baakkkkk!!!

Uma forte pancada na parte de trás da Van arremessa os amigos de um lado para o outro dentro do veículo.

- Mas que merda foi essa Carlos – Esbraveja Lucas.

Então Carlos olha no retrovisor e vê uma caminhonete preta atrás de sua Van – Ele fala: É o cara do restaurante. Todos os amigos olham para trás incrédulos.

- Mas o que esse cara quer? Pergunta Pedro.

- Eu não sei o que ele quer, mas sei o que ele vai ganhar – exclama Lucas. Vamos Carlos, encosta a Van que vou dar uma lição nesse animal.

- Amor não para! Esse cara é doido. É muito perigoso. Denise e Giselle, agora amedrontada, concordam com Clara.

Carlos concorda e pisa fundo. A Van começa a ganhar distância e os amigos respiram aliviados. Lucas exclama: Aquela lata velha nunca vai alcançar a gente. Mas para a surpresa de todos no mesmo instante a caminhonete acelera e começa a se aproximar rapidamente.

- Puta merda – fala Lucas surpreso. De onde ele tirou aquela coisa?

- Acelera amor!!! Ele vai alcançar a gente.

-Não dá! Meu pé tá lá embaixo, esse é o máximo que podemos ir.

A caminhonete foi se aproximando, se aproximando, se aproximando e baaaaakkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!!! Outra pancada, embora mais leve.

- Como que pode essa lata velha correr tanto – exclama Pedro.

Carlos responde: Não faço ideia.

O cara joga a caminhonete pela esquerda da Van. Os amigos tentam enxergar dentro dela, mas os vidros tinham uma película muito escura. Os dois veículos ficam emparelhados e então Baaaaaakkkk! Outra pancada, os amigos se chacoalham dentro do veículo e Carlos luta para manter sua Van na pista.

- Que cara folgado. Se é assim que ele quer jogar então vamos nessa! E Carlos joga sua Van para cima da caminhonete, que começa a perder o controle na pista, mas o motorista consegue recuperar a estabilidade e investe novamente com a caminhonete contra a Van. Nesse momento Carlos pensa rápido e freia bruscamente. A caminhonete choca sua parte traseira na dianteira da Van e gira para fora da pista em alta velocidade e então...

Baaakkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Se choca violentamente contra uma arvore.

- Mas que droga! – exclama Pedro. Agora temos que ajudar aquele idiota.

- Na verdade não temos não – responde Lucas. Ele quase nos matou. Ele que se vire agora.

Clara grita com Lucas: Você é um imbecil mesmo! É lógico que vamos parar. Não é meu amor?

- Sinto muito Clara, mas dessa vez eu concordo com o Lucas. O cara quase matou a gente. Eu não vou me arriscar indo até lá. Ele que se vire.

- Mas...

- Não amor, nós não vamos voltar.

Denise tenta intervir: Carlos nós precis...

- Não Denise! Nem termine. Eu já disse, nós não vamos voltar. Vamos direto para a casa do lago e ponto final.

As garotas ficam caladas sem acreditar naquilo que Carlos estava fazendo. Pedro prefere não dizer nada e Lucas sorri contente por ter vencido o adversário. A Van segue seu caminho, sumindo no horizonte e se distanciando cada vez mais do local onde a caminhonete bateu.


CONTINUA...

Por Vinícius Vieira de Faria.
Em 12.08.2014.

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