O
delegado estaciona seu carro em frente a um restaurante de comida italiana.
Aquele seria um bom lugar para jantar, pensa Gabriel, mas naquele momento era apenas
a cena de um crime. O delegado desceu de seu carro acompanhado do detetive. Ambos
entraram no estabelecimento, e um policial se aproximou.
-
Olá delegado. O detetive e a legista estão nos fundos, lhes esperando.
-
Por que nos fundos?
-
Porque foi onde ocorreu o homicídio.
Ao
sair pela porta dos fundos do restaurante, Gabriel se depara com um corredor
estreito que ia dar na rua. Logo à frente estavam alguns policiais, o detetive
Paulo e a perita criminal que estava abaixada próximo ao corpo. O delegado se
aproxima do grupo de agentes.
-
Olá. – Ele diz.
Todos
se viram para cumprimentá-lo. Paulo aproxima-se do delegado.
-
Olá chefe. – responde o detetive.
Laura
levanta-se, permitindo que Gabriel tenha uma visão ampla do corpo. Ao
observá-lo, Gabriel percebe que era um homem, e que havia uma grande mancha
vermelha no peito dele.
-
O que temos aqui? – pergunta Gabriel.
-
O nome do indivíduo é Carlos Silveira. Advogado. – responde Paulo.
-
Muito interessante.
-
Interessante por que delegado? – pergunta o detetive.
-
Porque esse é o nome do sócio da primeira vítima.
Todos
olham para Gabriel surpresos. O delegado observa mais um pouco o corpo. Nota
que as calças da vítima estavam abaixadas, e que o órgão genital havia sido
removido.
-
O mesmo modo operante? – Ele pergunta a Laura.
-
Sim. O mesmo. – A legista responde.
-
Então é a mesma criminosa.
O
detetive Fernando se aproxima do grupo.
-
Delegado. – ele diz.
-
Sim. – Gabriel responde virando-se para o detetive.
-
O gerente disse que a vítima chegou ontem à noite, após as vinte e duas horas.
Ele jantou, pagou a conta e foi ao banheiro. E depois não apareceu mais.
-
E o gerente não achou estranho ele não ter aparecido de novo?
-
Não. Ele achou que o homem havia saído pelos fundos.
-
E quem o encontrou aqui?
-
Uma das funcionárias do dia. Ela ia entrar pelos fundos para começar o
expediente dela e acabou encontrando o corpo. Ela ligou para o gerente, que por
sua vez chamou a polícia.
-
Esse gerente notou a presença de alguém suspeito?
-
Sei o que está querendo saber chefe. Mas o gerente disse que nenhuma ruiva
esteve aqui ontem à noite. Porém ele disse que uma loira de cabelo curto usou o
banheiro no mesmo horário em que a vítima. Ela demorou cerca de vinte minutos,
mas depois reapareceu, pagou a conta e saiu pela porta da frente.
-
E ela já estava no restaurante quando esse homem foi ao banheiro? Ou ela chegou
depois?
-
O gerente disse que ela chegou logo depois do homem.
-
E o que vestia?
-
Vestido preto.
-
Certo.
Gabriel
se vira para os demais.
-
Terminem aqui e vão para a delegacia. Temos uma criminosa perigosa para
prender.
***
Laura
estava em seu laboratório realizando alguns exames. A perita estava inclinada
sobre o balcão escrevendo em uma ficha. Um vulto surge atrás da mulher, se
aproximando silenciosamente.
-
Tudo bem aqui? – pergunta Gabriel assustando Laura. A perita salta sobre o
banco em que estava sentada e grita com o chefe.
-
Você quer me matar do coração?
-
Desculpe. – ele sorri.
-
Tudo bem.
-
O que está fazendo?
-
Olhei a faca do primeiro homicídio. Infelizmente não havia digitais nela.
-
Isso não é bom.
-
Imagino que não.
-
Algo mais?
-
Sim. Os resultados do legista chegaram. Essa vítima foi morta com uma faca
menor do que a usada no primeiro homicídio.
-
Isso não ajuda muito.
-
Sei que não. Mas tem um fato interessante.
-
E qual é?
-
Em ambos os casos, a assassina era canhota.
Gabriel
sorri para Laura.
-
Isso é muito útil.
O
detetive Paulo bate na porta.
-
Com licença.
Gabriel
se vira.
-
Pode entrar.
Paulo
aproxima-se dos dois.
-
Eu acessei os arquivos e entrei em contato com várias delegacias no estado.
-
E?
-
E não existe nenhum crime ocorrido em Goiás que se assemelhe com o nosso caso.
-
Mas...?
-
Mas existem dois homicídios semelhantes que ocorreram na cidade de São Paulo há
dois anos. Eu liguei para a delegacia responsável pelo caso. Mas infelizmente,
eles disseram que nunca encontraram nenhum suspeito, nem vestígios na cena do
crime e nem testemunhas. O delegado de lá disse que o criminoso era um
fantasma.
-
Entendo. Então acho que vamos ter que nos virar por aqui. Havia sistema de
vigilância no restaurante?
-
Infelizmente não delegado. E eu chequei o beco onde ocorreu o crime, e não
havia nenhuma câmera que pudesse ter filmado o ocorrido.
-
E quanto às fitas do primeiro caso? Alguma coisa útil?
-
Infelizmente não. Eu analisei as fitas com o técnico do laboratório. A
criminosa deixou sua face escondida com o cabelo. Ela soube evitar com
facilidade as câmeras.
-
Isso quer dizer que ela conhecia a cena do crime, mas duvido que ela torne a
voltar nesses locais.
Todos
olham para a porta ao escutarem uma batida.
-
Com licença. – diz o detetive Fernando, entrando na sala.
-
O que descobriu?
-
Eu falei com a esposa da vítima como o senhor pediu. O nome dela é Larissa. Ela
é morena e estava arrasada. Segundo ela o marido não tinha inimigos, e ela não
faz ideia de quem poderia ter feito aquilo com o marido.
-
E ela, onde estava quando tudo ocorreu?
-
Ela ficou na casa da mãe até as onze.
-
E você verificou esse álibi?
-
Sim. A mãe se chama Paula e estava junto com a filha no hospital.
-
Certo.
-
Então nós não temos nada? – pergunta Laura.
-
Correto. – responde Paulo.
-
Não creio. – interfere Gabriel.
-
Como assim chefe? – pergunta Fernando.
-
Os dois homens se conheciam, e até mais do que isso, eles trabalhavam juntos. E
até onde sabemos ambos foram mortos enquanto traiam suas esposas.
-
E o que isso quer dizer? – pergunta Laura.
-
Que sejam quem forem as responsáveis por isso, uma coisa elas tem em comum.
-
E o que é? – pergunta Paulo.
-
Ambas foram traídas.
***
-
No que está pensando? – pergunta Laura. Ela toma um gole de sua bebida.
-
Gostaria de saber por que uma mulher faria algo assim? – Responde Gabriel. Ele
também toma um gole da sua bebida.
Os
dois estavam em um restaurante, tomando suas bebidas, e esperando o jantar.
-
Como você mesmo disse, provavelmente foram traídas.
-
Sim. Mas se for esse o caso, as duas devem ter alguma relação.
-
E por que acha isso?
-
As chances de dois crimes semelhantes e independentes como esses, acontecerem
em um período de tempo tão curto, são mínimas.
-
Então você acha que as duas criminosas são cumplices?
-
Tenho quase certeza disso.
-
Compreendo. Você é realmente muito inteligente.
-
Obrigado.
Laura
inclina-se sobre a mesa, leva sua mão na direção da de Gabriel e a segura. Os
dois se olham nos olhos.
Do
outro lado do bar, uma mulher de cabelos negros, usando um vestido preto de
alças, observa de forma discreta o casal. A mulher estava sozinha e observava do
canto, prestando muita atenção nos agentes. Seu interesse aumenta ainda mais
quando vê Laura segurando a mão de Gabriel. A mulher percebe que o delegado
usava uma aliança, enquanto Laura tinha a mão desnuda.
Em
sua mente surge apenas um pensamento...
“Traídor”.
No
outro lado do restaurante Gabriel repreende Laura de forma sútil.
-
Já lhe disse para não fazer essas coisas Laura. Não quero que alguém nos veja
assim, e pense o que não deve.
-
Desculpe. – A perita retira sua mão de cima da do delegado.
O
jantar de ambos chega, e do outro lado do bar a mulher se retira.
***
Gabriel
entra em casa.
Sua
esposa surge no corredor que liga a sala ao quarto.
-
Chegou cedo hoje.
-
Sim.
Ligia
se aproxima de Gabriel e o cheira.
-
Não parece ter bebido hoje.
-
Bebi apenas uma taça enquanto jantava.
Ela
o observa. E então sorri.
-
Tudo bem. – Ligia diz. – Tome um banho e venha para a cama.
***
Gabriel
entra em seu quarto. Uma toalha está enrolada em sua cintura, e seu corpo ainda
está um pouco húmido. Ligia está deitada na cama, usando uma camisola
transparente.
Ele
observa os belos seios de sua esposa, suas belas curvas e seus lindos olhos.
Gabriel deita-se sobre sua esposa, seu corpo fazendo pressão contra o dela.
Lígia sente o calor de seu marido, e gosta da sensação. Os dois se beijam
primeiro de forma delicada, e então de maneira voraz.
Seus
corpos se entrelaçam. Lígia sente a pele molhada de seu marido e fica excitada.
Gabriel rola na cama e puxa sua esposa para cima de si. Com suas mãos ele
levanta a camisola dela e a despi. Gabriel beija o pescoço de Lígia, e então
seus lábios deslizam até o seio direito dela e o abocanham, sugando-o com
força. Ela geme.
Lígia
arranca a toalha de Gabriel. Ela desliza sua boca pelo corpo de seu marido, até
encontrar o pênis dele. Ela coloca o membro na boca e o chupa com força, por
vários minutos, alternando entre chupadas fortes e passadas de língua em torno
da glande.
Gabriel a puxa para
cima. Os dois se beijam. Então ela se senta sobre a pelve dele. Ligia levanta
seu quadril expondo sua vagina. Ela segura o pênis de Gabriel, o posiciona e
então se senta sobre ele, gemendo logo em seguida.
POR VINÍCIUS VIEIRA DE FARIA
EM 28/07/2015.
Que canalha esse Gabriel!!!!!! Estou adorando sua história. Mil teorias iam passando na minha cabeça enquanto lia kkkkkk São um grupo de criminosas??? É como se fosse uma sociedade de mulheres traídas que estão em busca de vingança?? Ele vai ser o próximo?? Acredito que não, porque aí quem ia investigar os assassinatos? O delegado substituto?? Não teria graça. Mas acho que ele vai começar a perceber que ele pode ser o próximo..... Vai??? kkkkkkk Enfim, estou ansiosa para o próximo capítulo. Beijos.
ResponderExcluirhttp://chuvacobertaelivros.blogspot.com
OI Fe. Fico muito feliz que esteja acompanhando a história, e mais ainda que esteja gostando.
ExcluirEspero conseguir te surpreender.
Um beijão!
Ótimo fim de semana!!!!
a assassina já apareceu? a mulher de cabelos negros do outro lado do bar
ResponderExcluirQuem sabe. Eu não sei! :)
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