terça-feira, 28 de julho de 2015

A AMANTE DE SANGUE - CAPÍTULO 3

O delegado estaciona seu carro em frente a um restaurante de comida italiana. Aquele seria um bom lugar para jantar, pensa Gabriel, mas naquele momento era apenas a cena de um crime. O delegado desceu de seu carro acompanhado do detetive. Ambos entraram no estabelecimento, e um policial se aproximou.

- Olá delegado. O detetive e a legista estão nos fundos, lhes esperando.

- Por que nos fundos?

- Porque foi onde ocorreu o homicídio.

Ao sair pela porta dos fundos do restaurante, Gabriel se depara com um corredor estreito que ia dar na rua. Logo à frente estavam alguns policiais, o detetive Paulo e a perita criminal que estava abaixada próximo ao corpo. O delegado se aproxima do grupo de agentes.

- Olá. – Ele diz.

Todos se viram para cumprimentá-lo. Paulo aproxima-se do delegado.

- Olá chefe. – responde o detetive.

Laura levanta-se, permitindo que Gabriel tenha uma visão ampla do corpo. Ao observá-lo, Gabriel percebe que era um homem, e que havia uma grande mancha vermelha no peito dele.

- O que temos aqui? – pergunta Gabriel.

- O nome do indivíduo é Carlos Silveira. Advogado. – responde Paulo.

- Muito interessante.

- Interessante por que delegado? – pergunta o detetive.

- Porque esse é o nome do sócio da primeira vítima.

Todos olham para Gabriel surpresos. O delegado observa mais um pouco o corpo. Nota que as calças da vítima estavam abaixadas, e que o órgão genital havia sido removido.

- O mesmo modo operante? – Ele pergunta a Laura.

- Sim. O mesmo. – A legista responde.

- Então é a mesma criminosa.

O detetive Fernando se aproxima do grupo.

- Delegado. – ele diz.

- Sim. – Gabriel responde virando-se para o detetive.

- O gerente disse que a vítima chegou ontem à noite, após as vinte e duas horas. Ele jantou, pagou a conta e foi ao banheiro. E depois não apareceu mais.

- E o gerente não achou estranho ele não ter aparecido de novo?

- Não. Ele achou que o homem havia saído pelos fundos.

- E quem o encontrou aqui?

- Uma das funcionárias do dia. Ela ia entrar pelos fundos para começar o expediente dela e acabou encontrando o corpo. Ela ligou para o gerente, que por sua vez chamou a polícia.

- Esse gerente notou a presença de alguém suspeito?

- Sei o que está querendo saber chefe. Mas o gerente disse que nenhuma ruiva esteve aqui ontem à noite. Porém ele disse que uma loira de cabelo curto usou o banheiro no mesmo horário em que a vítima. Ela demorou cerca de vinte minutos, mas depois reapareceu, pagou a conta e saiu pela porta da frente.

- E ela já estava no restaurante quando esse homem foi ao banheiro? Ou ela chegou depois?

- O gerente disse que ela chegou logo depois do homem.

- E o que vestia?

- Vestido preto.

- Certo.

Gabriel se vira para os demais.

- Terminem aqui e vão para a delegacia. Temos uma criminosa perigosa para prender.

***

Laura estava em seu laboratório realizando alguns exames. A perita estava inclinada sobre o balcão escrevendo em uma ficha. Um vulto surge atrás da mulher, se aproximando silenciosamente.

- Tudo bem aqui? – pergunta Gabriel assustando Laura. A perita salta sobre o banco em que estava sentada e grita com o chefe.

- Você quer me matar do coração?

- Desculpe. – ele sorri.

- Tudo bem.

- O que está fazendo?

- Olhei a faca do primeiro homicídio. Infelizmente não havia digitais nela.

- Isso não é bom.

- Imagino que não.

- Algo mais?

- Sim. Os resultados do legista chegaram. Essa vítima foi morta com uma faca menor do que a usada no primeiro homicídio.

- Isso não ajuda muito.

- Sei que não. Mas tem um fato interessante.

- E qual é?

- Em ambos os casos, a assassina era canhota.

Gabriel sorri para Laura.

- Isso é muito útil.

O detetive Paulo bate na porta.

- Com licença.

Gabriel se vira.

- Pode entrar.

Paulo aproxima-se dos dois.

- Eu acessei os arquivos e entrei em contato com várias delegacias no estado.

- E?

- E não existe nenhum crime ocorrido em Goiás que se assemelhe com o nosso caso.

- Mas...?

- Mas existem dois homicídios semelhantes que ocorreram na cidade de São Paulo há dois anos. Eu liguei para a delegacia responsável pelo caso. Mas infelizmente, eles disseram que nunca encontraram nenhum suspeito, nem vestígios na cena do crime e nem testemunhas. O delegado de lá disse que o criminoso era um fantasma.

- Entendo. Então acho que vamos ter que nos virar por aqui. Havia sistema de vigilância no restaurante?

- Infelizmente não delegado. E eu chequei o beco onde ocorreu o crime, e não havia nenhuma câmera que pudesse ter filmado o ocorrido.

- E quanto às fitas do primeiro caso? Alguma coisa útil?

- Infelizmente não. Eu analisei as fitas com o técnico do laboratório. A criminosa deixou sua face escondida com o cabelo. Ela soube evitar com facilidade as câmeras.

- Isso quer dizer que ela conhecia a cena do crime, mas duvido que ela torne a voltar nesses locais.

Todos olham para a porta ao escutarem uma batida.

- Com licença. – diz o detetive Fernando, entrando na sala.

- O que descobriu?

- Eu falei com a esposa da vítima como o senhor pediu. O nome dela é Larissa. Ela é morena e estava arrasada. Segundo ela o marido não tinha inimigos, e ela não faz ideia de quem poderia ter feito aquilo com o marido.

- E ela, onde estava quando tudo ocorreu?

- Ela ficou na casa da mãe até as onze.

- E você verificou esse álibi?

- Sim. A mãe se chama Paula e estava junto com a filha no hospital.

- Certo.

- Então nós não temos nada? – pergunta Laura.

- Correto. – responde Paulo.

- Não creio. – interfere Gabriel.

- Como assim chefe? – pergunta Fernando.

- Os dois homens se conheciam, e até mais do que isso, eles trabalhavam juntos. E até onde sabemos ambos foram mortos enquanto traiam suas esposas.

- E o que isso quer dizer? – pergunta Laura.

- Que sejam quem forem as responsáveis por isso, uma coisa elas tem em comum.

- E o que é? – pergunta Paulo.

- Ambas foram traídas.

***

- No que está pensando? – pergunta Laura. Ela toma um gole de sua bebida.

- Gostaria de saber por que uma mulher faria algo assim? – Responde Gabriel. Ele também toma um gole da sua bebida.

Os dois estavam em um restaurante, tomando suas bebidas, e esperando o jantar.

- Como você mesmo disse, provavelmente foram traídas.

- Sim. Mas se for esse o caso, as duas devem ter alguma relação.

- E por que acha isso?

- As chances de dois crimes semelhantes e independentes como esses, acontecerem em um período de tempo tão curto, são mínimas.

- Então você acha que as duas criminosas são cumplices?

- Tenho quase certeza disso.

- Compreendo. Você é realmente muito inteligente.

- Obrigado.

Laura inclina-se sobre a mesa, leva sua mão na direção da de Gabriel e a segura. Os dois se olham nos olhos.

Do outro lado do bar, uma mulher de cabelos negros, usando um vestido preto de alças, observa de forma discreta o casal. A mulher estava sozinha e observava do canto, prestando muita atenção nos agentes. Seu interesse aumenta ainda mais quando vê Laura segurando a mão de Gabriel. A mulher percebe que o delegado usava uma aliança, enquanto Laura tinha a mão desnuda.

Em sua mente surge apenas um pensamento...

“Traídor”.

No outro lado do restaurante Gabriel repreende Laura de forma sútil.

- Já lhe disse para não fazer essas coisas Laura. Não quero que alguém nos veja assim, e pense o que não deve.

- Desculpe. – A perita retira sua mão de cima da do delegado.

O jantar de ambos chega, e do outro lado do bar a mulher se retira.

***

Gabriel entra em casa.

Sua esposa surge no corredor que liga a sala ao quarto.

- Chegou cedo hoje.

- Sim.

Ligia se aproxima de Gabriel e o cheira.

- Não parece ter bebido hoje.

- Bebi apenas uma taça enquanto jantava.

Ela o observa. E então sorri.

- Tudo bem. – Ligia diz. – Tome um banho e venha para a cama.

***

Gabriel entra em seu quarto. Uma toalha está enrolada em sua cintura, e seu corpo ainda está um pouco húmido. Ligia está deitada na cama, usando uma camisola transparente.
Ele observa os belos seios de sua esposa, suas belas curvas e seus lindos olhos. Gabriel deita-se sobre sua esposa, seu corpo fazendo pressão contra o dela. Lígia sente o calor de seu marido, e gosta da sensação. Os dois se beijam primeiro de forma delicada, e então de maneira voraz.

Seus corpos se entrelaçam. Lígia sente a pele molhada de seu marido e fica excitada. Gabriel rola na cama e puxa sua esposa para cima de si. Com suas mãos ele levanta a camisola dela e a despi. Gabriel beija o pescoço de Lígia, e então seus lábios deslizam até o seio direito dela e o abocanham, sugando-o com força. Ela geme.

Lígia arranca a toalha de Gabriel. Ela desliza sua boca pelo corpo de seu marido, até encontrar o pênis dele. Ela coloca o membro na boca e o chupa com força, por vários minutos, alternando entre chupadas fortes e passadas de língua em torno da glande.

Gabriel a puxa para cima. Os dois se beijam. Então ela se senta sobre a pelve dele. Ligia levanta seu quadril expondo sua vagina. Ela segura o pênis de Gabriel, o posiciona e então se senta sobre ele, gemendo logo em seguida.

POR VINÍCIUS VIEIRA DE FARIA
EM 28/07/2015.

4 comentários:

  1. Que canalha esse Gabriel!!!!!! Estou adorando sua história. Mil teorias iam passando na minha cabeça enquanto lia kkkkkk São um grupo de criminosas??? É como se fosse uma sociedade de mulheres traídas que estão em busca de vingança?? Ele vai ser o próximo?? Acredito que não, porque aí quem ia investigar os assassinatos? O delegado substituto?? Não teria graça. Mas acho que ele vai começar a perceber que ele pode ser o próximo..... Vai??? kkkkkkk Enfim, estou ansiosa para o próximo capítulo. Beijos.
    http://chuvacobertaelivros.blogspot.com

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    1. OI Fe. Fico muito feliz que esteja acompanhando a história, e mais ainda que esteja gostando.
      Espero conseguir te surpreender.
      Um beijão!
      Ótimo fim de semana!!!!

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  2. a assassina já apareceu? a mulher de cabelos negros do outro lado do bar

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