terça-feira, 21 de outubro de 2014

Brasil! Uma lástima.

Brasil! País do futebol.

País da impunidade, da corrupção e

Dos políticos.

Como é bom viver no Brasil,

A quinta economia do mundo

E também a maior desigualdade.

Como é perfeito esse Brasil,

A pior educação do mundo,

A saúde uma lastima,

A segurança...

Que segurança?

Só se for segurança para os bandidos.

Como é bom ver as oportunidades deste país.

Alguns com muito e a maioria com nada.

Mas isso não é problema,

Afinal temos o futebol

E o Cristo redentor, e Ipanema, e o Pré-sal.

Quem precisa de Saúde, Educação e Segurança?

Ou de eletricidade ou de água?

Foda-se a Inglaterra, a Suíça, a Dinamarca, O Japão.

Foda-se a estrutura para a população.

O importante é nossos políticos roubarem nossos bolsos e viverem bem.

E como roubam! Mas a população gosta, é por isso que assina embaixo

Votando sempre nos mesmos bandidos,

Permitindo que façam o que bem entendem.

Que se dane a estrutura e o bem estar e a qualidade de vida.

O importante é ser Penta campeão de futebol.

Brasil! Que país maravilhoso.

Por Vinícius Vieira de Faria

Em 21/10/2014.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

A VIDA É CURTA?

As pessoas sempre dizem: A vida é curta. Faça isso agora, por que pode não dar tempo de fazer amanhã. Faça o que tem vontade por que a vida é curta. Todo mundo já escutou essas frases pelo menos uma vez na vida, mas serão elas verdadeiras?

Em parte sim. Mas em qual parte? Na parte de que você deve aproveitar a vida, na parte de que você deve fazer aquilo que gosta e aquilo que lhe der vontade, mas não porque a vida é curta e sim porque ela foi feita para ser desfrutada.

As pessoas tem o receio de fazer aquilo que tem vontade, ou então tem a mania de deixar para depois. Isso é errado, mas não porque não dará tempo de fazer e sim porque amanhã teremos outras coisas para fazer.

A vida não é curta. Na verdade ela tem o tamanho que damos à ela. Ela pode ser extremamente curta, ou descomunalmente longa, porque nossa vida é do tamanho que permitimos que elas seja.

Faça o que te der vontade, o que te faz feliz, e faça agora. Não deixe para amanhã, sabe por que?

Porque amanhã você vai querer fazer outras coisas. Viva o máximo de experiências possíveis, pois é o número de experiências que determina o tamanho de nossas vidas.

Por Vinícius Vieira de Faria
Em 14/10/2014

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

MEDO

Muita gente acha ruim ter medo,
ficam querendo eliminar seu medo e fugir dele.
Mas a verdade é que o medo é essencial para nossas vidas,
pois é ele que nos diz até aonde podemos ir,
e quando devemos fugir.
O medo nos ajuda a continuar VIVENDO!!!


Por Vinícius vieira de Faria
Em 10/10/2014

UM CONTO DE HORROR NO LAGO - CAPÍTULO FINAL

As garotas sentam-se em um sofá na sala de estar. Os olhos de Clara ainda estão molhados. Pedro senta-se em uma cadeira que estava ao lado do sofá. Lucas fica em pé enquanto Nicolas vai até a cozinha buscar água e comida para os cinco amigos.

Lucas se aproxima das garotas – Como vocês estão? Alguma de vocês se machucou? – Ele olha para Giselle indicando que estava preocupado principalmente com ela.

- Estamos bem – Diz Denise. Giselle concorda, mas Clara fica calada com a cabeça baixa. Lucas se abaixa na frente da garota, segura em uma de suas mãos e levanta seu rosto segurando em seu queixo – Clara, eu sei como você deve estar sofrendo. Sei que você amava o Carlos e a forma como ele morreu foi terrível, mas quero que saiba que pode contar comigo em tudo que você precisar.

Clara olha no fundo dos olhos de Lucas e vê como ele estava sendo sincero, ela o abraça e começa a chorar em seu ombro. Denise e Pedro ficam felizes pelo apoio que Lucas estava dando à amiga, pois aquilo ajudaria Clara a superar aquela situação.

Apesar do que aconteceu com a amiga, Giselle não fica muito feliz em ver aquela cena. Ela é tomada pelo ciúme, mas prefere se retirar da sala a expressar seu sentimento naquele momento. A garota vai até a cozinha onde estava Nicolas.

O caseiro estava de costas, mas percebe a entrada de Giselle na cozinha – Já vou levar as coisas para vocês – O rapaz estava cortando fatias de carne com uma faca grande.

- Tudo bem. Eles não estão com pressa e nem eu.

Nicolas percebe uma expressão de desagrado no rosto de Giselle – O que foi garota? O que aconteceu? – Ela tenta disfarçar dizendo que não era nada, mas Nicolas insiste – Pode falar. Desabafar é melhor do que guardar para si.

Giselle sede a insistência do caseiro – É que o Lucas estava abraçando a Clara. Eu sei que ela perdeu o namorado e passou por maus momentos, mas não é por isso que vou ficar de boa com ela abraçando o Lucas.

- Entendo. É realmente uma grande mancada. Ele deveria saber que isso iria te chatear.

- Pois é. Eu sei que estou sendo egoísta e mesquinha, mas...

O caseiro interrompe a garota – De forma alguma. Você tem todo o direito de se sentir assim, e ele deveria te valorizar mais e evitar te magoar. Se você fosse a minha namorada eu jamais faria você passar por algo assim.

Ele se aproxima da garota. Giselle gostava de homens como Nicolas, com feições másculas, estilo peão, e estava toda derretida com as palavras do caseiro. Ele aproxima sua boca lentamente do rosto de Giselle e então...

Beija a garota. Nicolas imprensa a Giselle na parede e começa a beija-la novamente com muita vontade. Ela passa suas mãos na nuca do rapaz e se delicia com os beijos dele. Giselle estava de olhos fechados perdida em um mundo de êxtase quando...

Sente uma fisgada na barriga, seus olhos se abrem repletos de medo e desorientação, sua respiração fica lenta – O caseiro então para de beija-la e tampa sua boca com a mão esquerda... Com a mão direita empurra lentamente a faca mais para dentro da barriga da garota que geme enquanto sente a lâmina penetrar cada vez mais e mais seu corpo sem que ela pudesse fazer nada para se defender. Giselle usa sua mão esquerda para tentar segurar a mão de Nicolas e impedir que a faca entre mais em seu corpo, mas sua resistência não dura muito tempo, logo ela sente suas forças sendo drenadas, seus dedos enfraquecem e por fim sua mão perde a força.

Pouco mais de metade da faca havia penetrado na barriga de Giselle. Então Nicolas penetra o restante da lâmina com muita força – Giselle solta um gemido seco, lagrimas começam a escorrer por seu rosto e todas suas forças se esvaem. A garota sente seu corpo amolecer, seus olhos pesam, ela tenta resistir, mas isso não dura por muito tempo, logo sua visão fica escura e então todo seu corpo desaba.
Nicolas segura à garota. Ele retira a faca de sua barriga e a deixa desabar no chão.

Pedro escuta o barulho vindo da cozinha, se levanta da cadeira e vai até lá para ver o que estava acontecendo. Ele entra no cômodo e observa a procura de Nicolas e Giselle, mas não encontra ninguém, até que olha em um canto a sua esquerda e a vê caída no chão com uma grande mancha de sangue na blusa.

O rapaz corre até a amiga, se abaixa e chama por ela... Giselle! Fala comigo, o que aconteceu?
Nesse momento sai um vulto de trás da porta e se aproxima lentamente de Pedro. O garoto percebe a presença. Ele levanta e se vira rapidamente...

Em tempo de ver o rosto de Nicolas antes de sentir a faca penetrando sua barriga – o garoto geme – e o caseiro sorri – Fico feliz que você tenha vindo primeiro, afinal é sempre bom se livrar dos espertinhos que ficam bolando planos – Pedro fica surpreso com aquilo, então fecha os olhos e cai lentamente ao chão enquanto Nicolas o segura e retira a faca. O caseiro deixa o rapaz caído, pega um revolver que estava sobre a pia e segue para a sala.

Lucas havia se sentado no local que Giselle havia deixado vago. Ele e Denise consolavam Clara que estava mais calma naquele momento.

- Que gracinha, os amigos todos reunidos – diz Nicolas entrando na sala com a arma apontada para Lucas.

Denise fica sem entender aquela cena - O que você está fazendo? – pergunta a garota.

- Fica caladinha aí sua vadia!

- Eu sabia que não podia confiar em você desde o início – diz Lucas.

- Por favor. Não banque uma de esperto. O inteligente era o outro.

- Como assim era? – Pergunta Denise.

- Isso mesmo que está pensando garota. O seu namoradinho está morto lá na cozinha.

- Não!!! - Grita Denise se levantando e partindo para cima do caseiro. Nicolas aponta a arma para a perna direita de Denise e...

Bum!

A garota cai com a perna ferida. Clara começa a chorar sem conseguir dizer nenhuma palavra e Lucas pergunta – Posso saber por que você está fazendo isso conosco?

- É claro que pode garoto. Sabe aquela historinha que eu contei para vocês? Então, ela é verdadeira. E adivinha só...

Eu sou o assassino.

E só para sua informação, o cara que você matou era meu irmão Júlio.

- O cara era seu irmão? Nossa! Sinceramente isso me deixa profundamente... Feliz! O desgraçado teve o que merecia.

- É? E você também! – Nicolas aponta a arma para a lateral esquerda da barriga de Lucas e atira... Bum!

Lucas grita. Seu desgraçado! Eu vou acabar com você.

- Eu duvido muito disso. Eu faço isso há muito tempo e nunca fui pego garoto. Na verdade foi uma sorte a de vocês conseguirem pegar meu irmão. Mas comigo as coisas vão ser um pouco diferentes. Todos vocês vão morrer.

Denise que estava caída com dores na perna tenta respirar para fazer uma pergunta – Mas por que você faz isso? Por que mata pessoas?

- Porque eu gosto! Só por isso.

- E como aquele cara foi parar no cômodo dos fundos com a garganta cortada? – Pergunta Lucas.

- É uma história interessante. Eu estava em um bar na cidade quando aquele cara apareceu. Ele estava procurando por um grupo de seis jovens em uma Van azul. Ele disse que tinham causado um acidente e que o carro dele havia se acabado. Então eu vi uma oportunidade de me divertir com vocês antes de finalizar o serviço.

- Oportunidade de se divertir? Como assim? – pergunta Denise.

- É bem simples. Eu disse que sabia onde vocês estavam, e que eu poderia trazê-lo até aqui. O cara aceitou na hora. Então eu o trouxe, dei um jeito de leva-lo até aquele cômodo e então cortei a garganta dele e o deixei lá, para que vocês o encontrassem. Imaginei que seria divertido.

- Divertido seu psicopata? Você é louco isso sim! – grita Lucas.

- Talvez eu seja. Mas é melhor do que ser um cadáver, que é o que cada um de vocês está prestes a ser. Agora chega de conversa. É hora de acabar com a brincadeira. E acho que vou começar com você morena.

Nicolas aponta a arma para a cabeça de Denise e...

Alguém enfia uma faca no lado direito das costas de Nicolas, abaixo das costelas. O caseiro grita, ele gira e atinge o individuo arremessando-o para trás. Quando Nicolas olha vê...
Pedro.

Todos ficam surpresos, incluindo Nicolas – Como você pode estar vivo moleque?

- Eu fingi de morto otário.

- Pois agora você não vai mais fingir – Nicolas levanta a arma para aponta-la para Pedro quando...

Lucas se levanta rapidamente do sofá e salta sobre as costas de Nicolas. Os dois caem ao chão. O caseiro é maior e luta para se soltar. Lucas mostra sua força socando a cabeça de Nicolas.
Pedro tenta se levantar apesar de ter perdido sangue. Denise percebe uma chance de escapar. A garota tenta se levantar apoiando-se na perna esquerda.

- Clara! Ajuda a Denise. Saiam daqui vocês duas – grita Pedro.

Clara estava em choque, mas o grito de Pedro faz com que a garota volte a si. Ela corre até Denise, a ajuda a se levantar e a sair da casa. Elas vão para frente do que sobrou da casa principal e veem a caminhonete de Nicolas.

***

Nicolas e Lucas lutam no chão. O garoto socava o caseiro com muita força, até que a arma na mão de Nicolas dispara e o tiro atinge o ombro esquerdo de Lucas. O rapaz fraqueja e então o caseiro consegue derruba-lo. Nicolas se levanta, mas antes que consiga atirar em Lucas...

Pedro fica de pé com a faca na mão e pula sobre o caseiro atingindo a lâmina em sua barriga.

Nicolas grita tão alto que as garotas que já se aproximavam da caminhonete conseguem escuta-lo. Isso faz com que elas tentem ir mais rápido.

Pedro tenta empurrar o caseiro até a parede, mas o homem era muito forte. Nicolas tenta mirar sua arma em Pedro, mas o rapaz consegue segurar a mão do caseiro. Nicolas então pega a faca que havia escondido por baixo da camisa e a enfia nas costelas de Pedro. O garoto fica sem ar, e o caseiro atingi sua arma contra o nariz de Pedro que cai para trás.

Lucas se levanta para atacar o caseiro novamente. O garoto salta sobre o homem, mas Nicolas percebe e enfia sua faca no meio do peito de Lucas.

- Sabe rapaz. Você não deveria partir para cima dos outros assim. Você pode acabar recebendo uma facada no coração. Ops. Esqueci. Isso acaba de acontecer – O caseiro retira a faca de dentro de Lucas e o deixa cair no chão. Depois ele se direciona para a porta – Agora é a vez de vocês garotas.

***

Clara e Denise chegam até a caminhonete, abrem as portas e entram. Só então, quando estão dentro do veículo é que as garotas percebem que não possuem a chave para liga-lo.

Denise olha para frente e então vê Nicolas saindo de dentro da casa, em uma de suas mãos estava o revolver e na outra uma faca. O caseiro percebe que as garotas estão dentro de seu carro e então caminha na direção delas.

- Eu quero que você saia daqui e corra Clara. Dá o fora daqui.

- Sem chance Denise. Eu não vou te deixar aqui – Clara sai do carro, corre até o outro lado, abre a porta, pega Denise e ajuda a amiga a fugir.

As duas vão para trás da casa em chamas, rumo à mata. Nicolas corre atrás delas. Quando as alcança caseiro mira e atira nas costas de Clara. A garota cai levando junto Denise que se apoiava nela. O assassino se aproxima caminhando com calma, sem pressa nenhuma.

- Tenho que admitir que dessa vez foi mais difícil que o normal. O grupinho de vocês é duro na queda. Felizmente chegou a hora de finalizar essa brincadeira.

Denise se levanta e foge mancando rumo ao galpão em chamas. O caseiro ri da tentativa de fuga da moça – Há! há! há! há! há!  Você é uma tola garota. Não vai poder fugir – Nicolas deixa Clara caída e vai atrás de Denise.

A garota tenta fugir desesperadamente, e assim como ela esperava Nicolas foi atrás dela, o que daria chance para Clara escapar com vida. Ela olha pra trás na tentativa de ver o inimigo, mas com isso a garota não percebe o corpo de Júlio e acaba tropeçando neste e caindo.

Quando bate no chão a garota sente um metal sob sua barriga. Ao olhar o que era Denise vê...

A espingarda que Júlio usou para matar Carlos. A garota pega a arma, vira-se rapidamente e atira...

O disparo pega no ombro esquerdo de Nicolas. A dor faz com que o homem largue o revolver ao chão. O caseiro olha para Denise com ódio. Enraivecido o homem vai para cima da garota com sua faca na mão direita. Ele se prepara para esfaquear Denise quando...

Clara enfia um tronco na ferida das costas de Nicolas. O caseiro grita e cai ajoelhado. A garota então golpeia-o na cabeça com o tronco, derrubando-o no chão.

Clara ajuda Denise a se levantar. As duas vão na direção da casa de Nicolas com a intenção de ver se Pedro e Lucas ainda estavam vivos. Mas o caseiro se levanta, pega sua arma e mira na cabeça de Clara. Ele se prepara para puxar o gatilho quando...

Escuta o barulho de um carro...

O caseiro se vira e vê...
Sua caminhonete se aproximando rapidamente com Pedro no volante. O caseiro tenta atirar no garoto... 

Baing! Baing!

Dois tiros no para-brisas do veículo... Mas a caminhonete continua se aproximando...

Back!

Primeiro a pancada... Depois o caseiro é arremessado a mais de três metros de altura... Pedro freia bruscamente e para o veículo em frente às garotas...

E então o caseiro cai ao chão.

Denise e Clara correm na direção da caminhonete, Pedro abre a porta e sai do veículo, e as garotas o abraçam.

- Amor como é bom ver você vivo! – diz Denise com lágrimas nos olhos. Clara concorda com a amiga.

- Também acho garotas. Mas antes de comemorar tenho que fazer uma coisa.

Pedro se afasta das garotas caminhando na direção de Nicolas. O garoto pega a arma que estava caída no meio do caminho e continua se aproximando do caseiro até ficar a apenas dois metros do assassino.

O homem olha para Pedro.

– Como você pode estar vivo?

O garoto olha com rancor para o caseiro.

– Você deveria ter se certificado de que eu estava morto

O caseiro sorri.

– Você está certo, foi um deslize meu.

Pedro levanta a arma e mira na cabeça de Nicolas

– Um deslize que não irei retribuir...

Baing!

O garoto volta para perto de Clara e Denise. Ele se escora na caminhonete e então desliza até o chão. As garotas fazem o mesmo. Denise olha para Pedro e vê que ele está pálido.

- Você está bem meu amor?

- Pra dizer a verdade não. Eu perdi muito sangue e preciso de um médico o mais rápido possível.

O rapaz então olha para Clara e nota que ela estava muito pálida e com os olhos pesados.

– Clara você está bem?

A garota não responde. Denise tenta chamar a atenção dela – Clara! Responde Clara! – Mas a garota não reage. Denise checa o pulso da amiga e o sente apesar de muito fraco.

– Ela está viva Pedro, mas precisa de um médico tanto quando você.

Pedro se levanta.

- Denise eu preciso que você vá até dentro da casa e veja se Lucas e Giselle ainda estão vivos. Se estiverem você me avisa que vou até lá para ajuda-los. Enquanto isso vou colocar a Clara dentro do carro.

Denise vai até a casa, checa o pulso de Lucas e de Giselle, mas apenas para constatar que os amigos estavam mortos.

Pedro coloca Clara dentro da caminhonete no banco do passageiro. Denise volta de dentro da casa.

- Eles não sobreviveram Pedro.

- Eu imaginava que não.

- Como você conseguiu ligar a caminhonete Pedro?

- Quando você e a Clara saíram da casa eu e o Nicolas lutamos. Naquela hora, antes dele me derrubar eu consegui pegar a chave que estava presa na calça dele. Por sorte ele não percebeu. Agora nós precisamos ir Denise, eu estou muito fraco e a Clara também não está nada bem.

Denise concorda com o namorado.

Eles entram na caminhonete e a garota dirige o veículo rumo à estrada, para levar o namorado e a amiga para o hospital mais próximo.

***

EPÍLOGO

Denise está sentada na recepção do hospital. A garota passou por uma cirurgia para retirar a bala de sua perna e recebeu alguns pontos. Um médico se aproxima.

- Olá!

- Olá doutor!

- O seu namorado vai ficar bem. Ele perdeu bastante sangue. Apesar disso os ferimentos não foram tão graves a ponto de mata-lo. Em uma ou duas semanas ele poderá ter alta.

- E quanto a Clara doutor?

- Sua amiga estava em uma situação mais complicada. O tiro fez com que ela perdesse muito sangue. Além disso, a cirurgia para remover a bala foi bastante complicada. Apesar disso estou muito otimista quanto à recuperação dela.

- Otimista quanto doutor?

- Creio que ela levara mais de duas semanas para se recuperar da cirurgia e pelo menos três para ter alta, mas tenho plena certeza que com os nossos cuidados ela ficará bem.

- Obrigada doutor. E quando poderei vê-los?

- Daqui a pouco a enfermeira deve chamar você para vê-los.

- Muito obrigada mais uma vez doutor.

- Tudo bem!

À medida que o médico se afastava um homem se aproximava.

- Olá moça!

- Olá!

- Eu sou o delegado Marcos. Minha equipe e eu fomos até a fazenda que você falou. Já pegamos os seis corpos que estavam lá, ligamos para os donos da propriedade, para os seus pais e também para os pais dos seus amigos.

- Eu agradeço por isso delegado.

- Quando seus pais chegarem voltaremos a conversar. Vou precisar que você e seus amigos me contem exatamente o que ocorreu lá e também que identifiquem cada um dos corpos.

- Tudo bem! Eu entendo.

- No mais é isso mocinha. Nos falamos depois e torço pela melhora de seus amigos. Até mais.

- Até.

Uma enfermeira se aproxima pelas costas de Denise e a cutuca no ombro.

- Olá mocinha! Queira me acompanhar. Você vai poder ver seu amigo.

Denise acompanha a enfermeira até um quarto. Quando entra encontra Pedro deitado na cama. Os dois se olham e ela se aproxima dele.

- Estou tão feliz que você está bem Pedro.

- Eu sei Denise. Também estou feliz por você. E como está a Clara?

- Ela está um pouco pior que você, mas vai sobreviver.

- Fico feliz.

Pedro pega na mão de Denise, a olha nos olhos e diz:

- Sei que não é o melhor momento Denise, mas eu gostaria de te perguntar uma coisa.

- O que é?

- Com tudo que aconteceu não tive tempo de fazer essa pergunta formalmente. Será que você gostaria de ser minha namorada?

Os olhos da garota brilham, ela sorri e então responde:

– Simmmmmm!!!!



FIM.


Por Vinícius Vieira de Faria
EM 10/10/2014