terça-feira, 26 de maio de 2015

RESENHA DO LIVRO "AS VIRGENS SUICIDAS" DE JEFFREY EUGENIDES

Olá meus queridos leitores.

É com muito prazer que trago para vocês no dia de hoje a resenha do mais recente livro que Li: AS VIRGENS SUICIDAS.

Existe um filme baseado no livro ao qual eu também assisti.

Espero que gostem!


SINOPSE: Num típico subúrbio dos Estados Unidos nos anos 1970, cinco irmãs adolescentes se matam em sequência e sem motivo plausível. A tragédia, ocorrida no seio de uma família que, em oposição aos efeitos já perceptíveis da revolução sexual, vive sob severas restrições morais e religiosas, é narrada pela voz coletiva e fascinada de um grupo de garotos da vizinhança. O coro lírico que então se forma ajuda a dar um tom sui generis a esta fábula da inocência perdida. Adaptado ao cinema por Sofia Coppola, publicado em 34 idiomas e agora em nova tradução, o livro de estreia de Jeffrey Eugenides logo se tornou um cult da literatura norte-americana contemporânea. Não por acaso: essa obra de beleza estranha e arrebatadora, definida pela crítica Michiko Kakutani como “pequena e poderosa ópera no formato inesperado de romance”, revela-se ainda hoje em toda a sua atualidade.

O que falar desta obra? Posso dizer que é um livro excelente. Com certeza tem uma das melhores histórias que já li. E foi um tipo de leitura completamente nova para mim.

Mas por quê nova? Simplesmente porque foi o livro mais melancólico e triste que já vi na vida. Talvez seja a história mais triste que eu já tenha acompanhado. E sabe por quê? Porque desde o começo você sabe que todas as personagens vão morrer. E você acompanha a história, e se afeiçoa a elas, e torce por elas, mas você sabe que não importa o quanto você torça ou se iluda, no fim elas morrerão.

O livro é narrado pelos garotos da vizinhança, que não são mais garotos. Eles cresceram e nunca entenderam o que se passou com as irmãs Lisbon, e por isso eles começam a analisar os fatos da época para tentarem entender o que as levaram a cometer tal atitude. Ao longo dos anos os garotos reuniram várias provas, objetos que pertenceram as garotas ou que estavam relacionados com a vida delas de alguma forma, e remontando os fatos daquela época tentam chegar a uma solução para o grande mistério de por quê as irmãs se mataram?


As meninas são descritas como sendo lindas iguais aos anjos. Os garotos as admiravam, eram fascinados por elas. A fascinação e a paixão dos garotos pelas irmãs são talvez a coisa mais interessante do livro.

A vida delas é relatada desde pouco antes da morte da primeira, Cecília, 13 anos, até depois da morte da última e de como isso afetou os garotos.

Mas qual é o ponto central da história? Eu diria que é o mistério de "Por quê as garotas cometeram tal atitude?"

Os pais das garotas eram muito conservadores e davam pouca liberdade a elas. A morte de Cecília foi uma verdadeira tragédia. A meu ver não há um motivo específico para o suicídio da garota. Por quê alguém comete um suicídio? Essa pergunta cabe a morte de Cecília. Ela era uma garota triste, um tanto enigmática, e que não era feliz com a vida. Uma adolescente, que assim como todo adolescente fica perdida, sem entender a própria vida ou o valor dela, e que acabou encontrando na morte a solução para seus problemas. 

 

A morte das demais garotas não foi como a de Cecília, culpa da adolescência. A meu ver a maior culpa foi da mãe, depois do pai, da vizinhança e de todos. 

Após a morte de Cecília, os pais das garotas se recolheram em casa. Já não cozinhavam, as meninas ficaram largadas, a casa começou a cair aos pedaços. A vizinhança olhava para elas como se fossem aberrações, seres de outro mundo. Tudo isso sufocou as meninas, até elas chegarem ao ponto do suicídio.

O pai era mais liberal, e tentou agradar as filhas, liberando-as para irem ao baile acompanhadas de alguns meninos. Elas ficaram muito felizes. Mas durou pouco. Circunstâncias no baile acarretaram na revolta da mãe, que castigou as meninas prendendo-as ainda mais, sufocando-as ainda mais, levando-as para mais perto da morte.



O acompanhante de Lux, 14 anos, agiu com ela como um cafajeste, o que provavelmente contribuiu para o desgosto das irmãs.

Enfim, tudo desde os pais passando pela vizinhança até os colegas de escola levaram as garotas a cometerem o ato de desespero.

Uma coisa muito interessante do livro é que apesar da história ser sobre as Meninas Lisbon, o enredo não gira em torno apenas delas. Temos acesso aos pontos de vista de cada um dos meninos, seus sentimentos, pensamentos, desejos... Cada pessoa da vizinhança tinha uma teoria sobre o por quê das irmãs terem se matado e até teorias médicas surgiram.

O QUE PENSAR DO LIVRO

As virgens suicidas é um livro de drama, que relata uma história triste, porém muito interessante. O fato de ser um livro triste não o torna uma obra ruim.

Um grande problema desse livro é a quantidade de detalhes. Cada descrição é minuciosa, rica em detalhes e aspectos, e em alguns momentos você até se perde e esquece do foco principal.

O QUE AMEI:

O final do livro. Os garotos percebem que sempre amaram as meninas, e que elas nunca saíram de seus corações. Elas podem ter morrido, mas jamais foram esquecidas, pois estarão eternamente vivas na mente deles. 

O QUE ODIEI: 

A falta de esperança. Você lê o livro sabendo do destino fatal das personagens, e quanto mais você se aproxima do final, mais perto da morte delas você fica, e por mais que você deseje que elas não morram... Isso inevitavelmente acontecerá!

O fato de que se os garotos tivessem criado coragem para procurar as meninas, se tivessem tentando ajudá-las antes, elas poderiam ter sobrevivido, teria havido esperança para elas.

AVALIAÇÃO

O livro é muito bom, bem escrito, e possui uma excelente história.

NOTA 8,0.

  
   

quinta-feira, 21 de maio de 2015

THE FOLLOWING #3 TEMPORADA

Olá meus queridos!
Essa semana chegamos ao fim de mais uma temporada. Dessa vez a série em questão é The following. E é com grande pesar que anuncio que está foi a última temporada da série, o que parte meu coração.

Para você que ainda não conhece a série, veja a resenha da primeira temporada...


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O começo da temporada é incrível. Estão todos felizes em uma festa de casamento, curtindo suas vidas, vivendo um conto de fadas...

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Até que Mark (o assassino sobrevivente da 2° temporada) dá um jeito de reaparecer e estragar as coisas. 

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Na segunda temporada tivemos o fechamento da história com o enredo se desenrolando e Mark ficando livre para ser o gancho inicial dessa nova temporada. E isso foi genial. Mark está surtado pela morte de sua mãe, ele adquiriu seus próprios seguidores e está disposto a punir Ryan, Mike e Max expondo as ações repreensíveis que estes tomaram na morte de Lily Gray.

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Mas como é de costume, em The following as coisas não se resumem ao que é mostrado à primeira vista. Ao longo da temporada descobrimos que os seguidores de Mark tem seus próprios segredos e objetivos.

No decorrer da temporada, a série faz o que só The Following consegue fazer: Reviravoltas que revigoram a história e trazem surpresas uma atrás da outra.

Temos o ressurgimento de Strauss (isso mesmo, o professor de Joe Carrol reaparece nessa temporada) que tem uma importância gigantesca para o desenrolar da história. E quando a gente pensa que as coisas estão tomando um rumo... Somos pegos novamente de surpresa com o surgimento de um novo assassino (talvez tão frio quanto Joe Carrol, porém um pouco mais centrado, ou pelo menos é o que parece). Esse assassino dá um novo tom a história, revigorando a série e tornando-a ainda mais interessante.

E se você pensa que acaba por aí, está muito enganado. Temos a inserção de uma Sociedade Secreta, cujos indícios mostram ser mais perigosa e poderosa do que tudo que vimos na série até agora, incluindo a seita de Joe Carrol, passando por Lily Gray e seus recursos financeiros, até o assassino gênio Theo.

A essa altura você deve estar se perguntando, "mas e quanto a Joe Carrol?". Bem, o que posso dizer é que Joe não é deixado de lado e tem um  papel crucial para o desenvolvimento do personagem principal (Ryan Hard). Na verdade, alguns dos momentos mais legais da série são as aparições de Joe Carrol.

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Vamos agora falar do que gostei.

A temporada como um todo foi show. Gostei muito da forma como Mark encurrala Ryan e seus companheiros no início da temporada, e da teatralidade que ele cria. Também achei muito bom a Genialidade de Strauss, embora o fim dele não tenha sido dos mais satisfatórios apesar de eu concordar que foi necessário para o novo gancho da história (ou seja, mesmo aquilo que você não gosta é importante no enredo para o seu desenvolvimento satisfatório e genial).

O desenvolvimento de Theo (o Joe Carrol da temporada) ficou excelente, e ele foi muito bem aproveitado. E mesmo o final dele foi excelente. Uma coisa muito boa que o seriado fez tanto com Joe, quanto com Theo, foi mostrar que esses assassinos apesar de tudo, são seres humanos que se importam com alguma coisa, que tem sentimentos por algo ou alguém e principalmente... Quando são atingidos podem ficar ainda mais loucos do que já são.

A série tem uma surpresa atrás da outra, e cada episódio é melhor que o anterior. É o tipo de série que quando acaba o episódio você já está louco pelo próximo. Outra coisa boa é que essa série não tem aqueles episódios Fillers, que enchem o saco e não servem para nada... Não, em The following todos os episódios tem importância e todos são perfeitos.

Uma das melhores coisas dessa temporada foi terem tirado Joe Carrol do plano principal e terem revigorado a série com novos assassinos, novas histórias, um novo enredo, novos personagens... Enfim tudo novo. E apesar disso, conseguiram aproveitar Joe nesse novo contexto, o que ficou excelente.

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O relacionamento de Mike e Max é outro aspecto muito legal da temporada, além da forma como a guerra entre Mike e Mark influenciam esse relacionamento. Na verdade esse é um dos aspectos mais importantes da temporada e que possibilitam um dos momentos mais tensos e emocionantes (se não for o mais...) dela.

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Outro relacionamento importante é o de Ryan com Gwen. Esse relacionamento trás aspectos importantíssimos para o desenvolvimento de Ryan.

O GRANDE FINAL

Pois é, o final. O final ficou muito bom, embora muita gente não vá gostar. Mas por quê não? Bom, o final ficou super coeso, fazendo o máximo de sentido dentro da trama do seriado. Mas então por quê ele não vai agradar a todos? Simplesmente porque é um final que possibilita, ou melhor, que deixa claro a existência de uma continuidade na história, continuidade essa que necessitaria de uma quarta temporada.

Vi muita gente falando na internet que foi bom ter acabado agora a série, pois uma nova temporada ficaria maçante e com enredo espremido. Eu discordo plenamente. O gancho dado no final dessa 3º temporada possibilitaria um novo enredo que poderia superar todas as três temporadas atuais. E convenhamos, uma coisa que The Following já provou é que sabe inovar e se superar a cada temporada. As pessoas podem dizer o que quiserem de The Following, mas maçante é uma coisa que a série não é.

Se você está se perguntando do por quê de não haver uma quarta temporada, é bem simples: A audiência da série decaiu desde a primeira temporada e por isso a Warner decidiu encerrar a série enquanto ainda estava dando lucro. Não sei porque, mas parece que existem poucas pessoas com bom gosto o suficiente para aproveitar boas séries como The following. 

A NOTA

Quanto a minha avaliação final... Bom, a primeira temporada recebeu uma nota 9,0. A segunda eu daria uma nota 8,5. Agora a terceira...
Bom, eu achei a terceira temporada muito boa, e geralmente é difícil superar a primeira, até porque a primeira tem aquela questão de ser a novidade. Porém essa terceira temporada fez algo que a primeira e a segunda não conseguiram, que foi manter a sua segunda metade no mesmo nível da primeira metade, sem decair. Por isso, devido a essa constância mantida na temporada, minha nota para ela é 9,5.

Assim, a nota final para o seriado é: 9+8,5+9,5= 9,0.

Então é isso pessoal. Espero que tenham gostado, espero que gostem do seriado e até a próxima. Um grande abraço para todos.

Xau!!! Xau!!!

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terça-feira, 19 de maio de 2015

SERIE: GOTHAM #1 TEMPORADA

Olá pessoal.

O tema do post de hoje é a série de televisão Gotham, que teve o último episódio da primeira temporada lançado na noite de ontem aqui no Brasil.


Para aqueles que não sabem, o Batman sempre foi o meu personagem preferido dos quadrinhos. O cara é o herói mais legal das hqs, possui o melhor universo de todos, a maior galeria de vilões, os melhores vilões... Basicamente tudo nas histórias do homem morcego é melhor do que nos outros quadrinhos.

Agora imagine uma série de tv que faz algo nunca visto antes: Contar a origem dos personagens mais enigmáticos, interessantes e maneiros já criados. É isso o que a série GOTHAM faz.

O mais interessante dessa série é que ela não se foca apenas em Bruce Wayne ou no Coringa ou no Comissário Gordon... Na verdade, podemos dizer que o personagem principal da série é a própria cidade.

A série começa de uma forma incrível, com a morte dos pais de Bruce, e a chegada de um jovem Gordon na cidade, que está tomada pela máfia italiana (liderada de um lado por Salvatore Maroni, e de outro por Carmine Falconi).

 

A temporada foi incrível, com um Bruce Wayne ainda criança tendo que lidar com a morte de seus pais e uma Mulher-Gato, também criança, sendo a única testemunha da morte dos Wayne.

  

Além disso, temos um Pinguim medíocre (que na minha opinião é o melhor personagem da temporada) tentando se dar bem e subir na hierarquia da cidade. O Pinguim é o personagem mais interessante da temporada sem sombra de dúvidas. Os maiores acontecimentos, as maiores surpresas e reviravoltas são todas devido a ação desse personagem.

  

Nessa primeira temporada também temos uma aparição do jovem Coringa (que ainda não é Coringa), de uma garota que pode ser a Hera Venenosa e do Charada, que começa a surtar e se encaminhar para seu lado obscuro no fim da temporada.

  

O último personagem de quem vou falar é Fish Money. Essa personagem não existe no universo dos quadrinhos, desenhos, filmes ou qualquer outra mídia do homem morcego, e fora criada especialmente para a série. Mas não é por isso que ela não é uma personagem importante, pelo contrário. Fish Money rouba a cena durante grande parte da série e é uma das personagens mais interessantes. Grande prova de sua importância é o último episódio da temporada, no qual ela foi importantíssima para o desfecho.

 

O último episódio foi incrível galera, com muita reviravolta, uma surpresa atrás da outra, tiros, guerra, mortes, descobertas e muito mais... Foi um episódio incrível que fechou a temporada com chave de ouro, e permitiu aberturas para a segunda temporada.

Da minha parte não tenho nada a reclamar, a série foi incrível, perfeita. A minha nota para essa temporada é 10,00. Essa nota é complicada, pois deixa o padrão de comparação muito elevado, e pode tornar as próximas temporadas menos satisfatórias, mas não posso dar uma nota mais baixa do que essa para um trabalho sublime como o que foi feito.

Espero que tenham gostado da resenha, caso tenham assistido a série deixem a opinião de vocês aí nos comentários, e caso ainda não tenham assistido, eu espero ter despertado o interesse de vocês. Um grande abraço para todos meus queridos.

E até a próxima.

POR VINÍCIUS DE FARIA