terça-feira, 7 de abril de 2020

Café Sádico Com O DOMINADOR [Resenha]

Livro: O Dominador.
Autora: Tess Gerritsen.
Série: Rizzoli & Isles.
Editora: Record.
Lançamento: 2002.
Páginas: 396.
Resenhista: Vinícius Vieira de Faria.
Data da Resenha: 07/04/2020.

Sinopse: Durante um verão escaldante, a cidade de Boston é abalada por uma série de crimes horripilantes: casais milionários são atacados enquanto dormem; as mulheres são estupradas e mortas e, após serem obrigados a assitir ao ato sádico, os maridos são assassinados, finalizando o terror.

O padrão dos crimes aponta para Warren Hoyt, conhecido como O Cirurgião, recentemente confinado em um presídio de segurança máxima. A polícia presume que um maníaco está à solta, reproduzindo as técnicas do assassino insano a quem admira imensamente. Pelo menos é nisso que acredita Jane Rizzoli. Forçada mais uma vez a enfrentar o assassino que lhe deixou marcas profundas, a detetive está determinada a pôr um fim na influência sinistra de O Cirurgião, mesmo que isso signifique enfrentar a resistência de seus colegas da Delegacia de Homicídios.

Rizzoli, entretanto, não contava com o interesse repentino do governo. Mais precisamente de Gabriel Dean, agente do FBI, que aparenta ter informações valiosas sobre o assassino. Acima de tudo, a detetive não esperava se tornar a próxima presa, quando Hoyt escapa da prisão e se une a seu misterioso "irmão de sangue" em uma vingança violenta.



O Dominador é o segundo livro da serie Rizzoli & Isles, da escritora Tess Gerritsen, protagonizado pela detetive Jane Rizzoli, que também é a personagem principal do primeiro livro da serie - O Cirurgião, e pela Dra. Maura Isles, médica legista que é apresentada ao público neste segundo volume, embora não receba grande destaque nesta história.

Após a excelente narrativa apresentada em O Cirurgião, temos a oportunidade de apreciar novamente o estilo peculiar  e sombrio de escrita da autora, que brilhantemente supera seus limites com uma nova história repleta de suspense, drama, morte e emoção, mantendo a originalidade do universo criado no livro anterior, mas sem deixar a inovação de lado, solidificando definitivamente a franquia.

Característica marcante nas obras de Tess Gerritsen é seu talento na construção e desenvolvimento profundo dos personagens, resultando em uma inevitável empatia dos leitores para com aqueles, o que, obviamente, ocorre em O Dominador.

Jane Rizzoli, personagem principal da obra por exemplo, é extremamente bem trabalhada, de forma que a narrativa nos leva em um mergulho por sua vida, seus dramas, suas dificuldades, seus conflitos internos e, claro, pelos seus sentimentos, isso sem banalidades ou perca de tempo, tudo contribuindo de forma fundamental para desenvolvimento e desfecho do enredo.

Essa habilidade de Tess é tão poderosa, que a autora conseguiu construir uma personagem forte e cativante, dura e ao mesmo tempo humana, comparável a personagens femininas marcantes do suspense policial, tais como: Clarice Starling (O Silêncio Dos Inocentes), Eve Dallas (Nudez Mortal), Kay Scarpetta (das obras de Patricia Cornwell) e Amélia Donaghy (O Colecionador De Ossos).

É preciso salientar que essa habilidade na construção e desenvolvimento de personagens não se limita ao principal nome da obra, mas se estende para quase todos os personagens, desde os parceiros de Jane Rizzoli, Gabriel Dean e Korsak, que são importantíssimos para a qualidade da narrativa, até o grande vilão da trama.

O talento da autora também reside na capacidade de estabelecer um clima de suspense extremamente macabro, que faz passar um frio na espinha de qualquer um que leia suas obras, além, é claro, de vilões, ou melhor, assassinos que fariam qualquer pessoa ter pesadelos, afinal de contas, um grande palco só pode ser utilizado por grandes estrelas.

Esse talento da autora nos faz mergulhar na mente e personalidade do assassino de forma tão sólida, que beira a ser palpável, criando uma atmosfera envolvente e densa, tragando o leitor para dentro do livro e quase o colocando face a face com o vilão. É realmente de arrepiar.

Tess Gerritesen é leitura obrigatória para todos que gostam de suspense policial, assassinos marcantes, personagens fortes, uma pitada de sangue e cenas macabras.

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Rodrigo Maia E Companhia: "Tolos Ou Canalhas"

Caros leitores, como é de vosso conhecimento, temos atualmente no Brasil algumas figuras interessantes no "mundo político", tais como Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre, Dias Toffoli, bem como os membros do partido dos trabalhadores (aqui em letras minúsculas para demonstrar meu total escárnio pelo mesmo), membros da imprensa que ajudam a construir (ou destruir) e manter o cenário político desta "grande" e "magnífica" nação (só que não) chamada BRASIL!

Algo interessante sobre tais figuras, uma característica que todas elas tem em comum, é o seu discurso contra o atual Presidente da República - Jair Bolsonaro, contra as redes sociais - que democratizaram o acesso a liberdade de opinião e a informação em todo o mundo, rompendo com a DITADURA INFORMACIONAL praticada pela grande imprensa ou mídia tradicional (emissoras de televisão, grandes jornais impressos, grandes sites, dentre outros que gritavam o mesmo discurso em uníssono), contra todo e qualquer conservador deste país, contra qualquer um da direita, contra o povo, que pasmem, diverge em sua maioria esmagadora da opinião daqueles supracidados.

Recentemente o Presidente da Câmara dos Deputados, o Sr. Rodrigo Maia, deu uma entrevista à Band mantendo esse tradicional discurso sustentado por ele, por seus pares, e por muitos jornalistas e veículos de imprensa, atacando o Presidente da República, o Ministro da Economia (Paulo Guede), e os assessores do presidente, os quais foram chamados por Maia de Marginais.

Além disso, Maia atacou os empresários brasileiros, cujo uma parte trabalham, segundo ele, na produção e no financiamento de Fake News (claro, sem apresentar nenhuma prova). 

Alegou também que o Governo (e tão logo podemos deduzir que se refere também ao Presidente da República) tem um sistema de robôs que agem nas redes de forma não muito legal (no sentido de legalidade mesmo), claro, novamente sem apresentar qualquer prova.

Atacou também a classe média, cujo uma parte, segundo ele, apoia Bolsonaro e o "Bolsonarismo", e por isso trata-se de um grupo EXTREMADO da população (cara, que saco esse discurso batido e repetitivo de que - "quem é de direita ou apoia Bolsonaro é extremista" - sério, não dá para mudar o disco?) que é contra a democracia (Claro, a favor da democracia é ele, Maia, que ataca quase diariamente o Poder Executivo, atentando deste modo contra a separação de poderes).

Afirmou também que o Brasil tem que manter seu posicionamento no combate ao corona vírus, porque é uma posição adotada nos outros países, ignorando obviamente outras nações que não adotaram o isolamento horizontal e que estão tendo excelentes resultados.

Por fim, disse na entrevista que Admira a CHINA. Curioso, não?

E não podemos esquecer, o único que não foi criticado pelo nosso "querido" Primeiro Minist... ops!, quero dizer Presidente da Câmara, foi o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que curiosamente faz parte do mesmo partido do Rodrigo Maia...


Dito tudo isso, é interessante notar como o Sr. Rodrigo Maia, bem como outros aqui já citados, mantem um discurso que todo mundo sabe não estar no espectro da verdade, nem estar ao encontro da opinião e vontade do povo.

Esses senhores parecem não saber que hoje temos a internet, além do acesso a fontes de informações, jornais, notícias, entrevistas e muitos outros de todo o mundo (é isso mesmo, de todo o mundo e em todos os idiomas).

Meus queridos leitores, será que esses políticos e a imprensa não percebem que não estamos mais na década de noventa ou no início do século, quando a população não tinha acesso a outras fontes de informação e tinha que acreditar nas "verdades" da Rede Globo e companhia? Será que não percebem que não temos mais que acreditar nas opiniões enviesadas de jornalistas que afirmavam ser Lula o maior líder da história desta nação, ou ser Fernando Henrique Cardoso um brilhante intelectual (o primeiro é um criminoso condenado e o segundo participou da dilaceração da constituição brasileira que possibilitou sua reeleição, abrindo as portas para quatro mandatos de destruição do Brasil nas mãos do PT).

Pergunto-me se Maia e companhia não tem o mínimo respeito pela inteligência das pessoas? Ou só não percebem que não são mais os donos da verdade, que não podem mais contar qualquer lorota para o povo, que não podem mais conduzir o país com um povo as cegas?

Não aprenderam nada? Não entenderam que o país e o povo mudaram? Não perceberam que os truques de antes não funcionam mais? Não entenderam que não podem mais enganar as pessoas?

Eis a pergunta fundamental que confere título a este artigo: São "tolos" demais para entenderem isso e perceberem que não tem mais como enganar o povo? Ou são apenas "Canalhas" demais para adotarem uma posição mais honesta? Será que não conseguem mudar e melhorar nem um pouco? Ou pelo menos mudar a estratégia?

O fato é que todos eles sabem que os tempos mudaram, sabem que a imprensa (Rede Globo e Companhia) não detêm mais o monopólio esmagador da informação, sabem que o povo não se deixa mais enganar, e sabem que essa narrativa não cola mais. Logo, não são "tolos".

A grande verdade é que eles não mudam porque não tem o MÍNIMO RESPEITO PELO POVO, por sua OPINIÃO ou pelo que ESTE QUER. Acreditam que a população é composta por um bando de "JUMENTOS", cuja única função é financiar a boa vida deles, pagar seus voos de primeira classe, o caviar deles, o champanhe, aumentando suas fortunas, ou seja meus caros leitores, a função das pessoas é serem escravos desses malditos para financiar a boa vida deles.

Esses senhores: políticos, jornalistas, membros de emissoras, intelectuais - a corja toda - acreditam, alias, tem a certeza, de que são os donos do país, que podem fazer o que bem entenderem, e nunca serão questionados, afinal, quem pode questionar os donos da nação, não é mesmo?

Pois bem caros leitores, não se trata de uma incapacidade de entender a mudança da sociedade, nem tão pouco de tentarem enganar ou mentir ou omitir algo da população. Trata-se exclusivamente de um total desrespeito pelo povo, pela família, pelo indivíduo, por sua inteligência e até por sua existência. 

Não se enganem meus caros leitores, o real motivo disso é que para eles, as pessoas não passam de porcos, de gado, destinados unicamente a sustentá-los, a engordá-los e a mante-los em seu luxo, não havendo a necessidade de prestar contas aos animais que compõem o POVO, nem tão pouco omitir suas ações erradas, questionáveis, ou até, em alguns casos, corruptas, pois, na visão deles, jamais irão pagar ou prestar contas de nada, pois são os nossos donos, e nós, somos apenas o gado que deve abaixar a cabeça, calar a boca e aceitar.

Essa meus caros leitores, é apenas a minha opinião!

sexta-feira, 27 de março de 2020

ME POUPE! - Uma Solução Para Sua Vida Financeira

Livro: Me Poupe! 10 Passos Para Nunca Mais Faltar Dinheiro No Seu Bolso.
Autora: Nathalia Arcuri.
Editora: Sextante.
Lançamento: 2018.
Páginas: 176.
Resenhista: Vinícius Vieira de Faria.
Data da Resenha: 27/03/2020.


Sinopse: Como economizar no dia a dia? Como poupar mesmo ganhando pouco? Quais são os melhores (e os piores) investimentos? Como poupar para o futuro sem abrir mão dos desejos e necessidades do presente?

Sei que você tem muitas dúvidas sobre o que fazer com o seu dinheiro. Sei também que muita gente simplesmente não faz nada com ele – a não ser pagar contas e juntar moedinhas para chegar até o fim do mês.

É por isso que estou aqui.

Sempre fui uma poupadora compulsiva. Desde cedo compreendi que precisaria juntar dinheiro para realizar meus sonhos. Aos 7 anos comecei a poupar para comprar um carro quando fizesse 18. Com 23 comprei meu primeiro apartamento à vista. Aos 30 pedi demissão do meu emprego de repórter de TV e montei o canal Me Poupe!, no YouTube. Aos 32 me tornei milionária.

Hoje o Me Poupe! tem mais de 1,5 milhão de inscritos e é visto por mais de 8 milhões de pessoas por mês, sendo pioneiro na criação do conceito de entretenimento financeiro ao falar de dinheiro com leveza e bom humor. Tenho orgulho de dizer que, aos 35 anos, estou perto de conquistar minha independência financeira.

Vou contar para você como cheguei até aqui, as roubadas em que me meti, as dúvidas que tive e tudo o que aprendi ao longo desses anos. Mas este livro não é sobre mim. É sobre você, o seu dinheiro e a maneira como vem lidando com ele até agora.

Eu resolvi escrevê-lo para passar uma mensagem curta e grossa: você pode sair do buraco, não importa qual o tamanho dele.

Para ajudar nesse processo, reuni exemplos práticos, situações reais, planilhas e exercícios, e organizei tudo isso em 10 passos simples para nunca mais faltar dinheiro no seu bolso.

A partir dessas dicas, você vai aprender a dar um basta nos hábitos que sabotam sua saúde financeira, a identificar as crenças que impedem seu enriquecimento e a encontrar modalidades de investimento que caibam na sua realidade. E o melhor: vai descobrir um mundo maravilhoso em que o dinheiro trabalha para você, e não você para ele.

Mas talvez a minha dica mais importante seja: poupar não é só acumular um monte de dinheiro. Poupar tem a ver com realizar sonhos. É necessário ter foco, estabelecer prioridades e até abrir mão de uma ou outra coisa em nome de um objetivo maior.

Eu poupo desde criança porque tenho metas e propósitos. E essas metas e propósitos têm a ver com pessoas e com experiências, porque, afinal, viver não é correr atrás de grana. A vida vale pelas experiências que o dinheiro nos proporciona, pelos encontros que temos pelo caminho e pela alegria de estarmos vivos todos os dias.



Utilizando uma linguagem simples, mas nem por isso pobre, Nathalia Arcuri conseguiu desatar um pouco dos nós que existem no complexo mundo das finanças, que é tão pouco compreendido pela vasta gama dos brasileiros, os quais em grande número mergulham em voo suicida direto para um mar de dívidas e dificuldades financeiras, distanciando-se de seus sonhos e de qualquer possibilidade de conforto ou qualidade de vida, tudo porque não compreendem conceitos e ideias simples, que são muito bem abordados e esclarecidos na obra em tela.

O livro está recheado de dicas financeiras das mais variadas, muito bem organizadas e explicadas ao longo de seus dez capítulos, conforme é adiantado pelo título da obra: 10 Passos Para Nunca Mais Faltar Dinheiro No Seu Bolso, e de fato, não vai faltar.

Mas não compre o livro achando que vai encontrar uma receita secreta de como ser milionário da noite para o dia, ganhando dinheiro de forma fácil, sem suor ou trabalho duro. Ao contrário, a obra esclarece sem "papas na língua" que o caminho para ter uma saúde financeira invejável é possível, porém árduo, sendo necessário muita força de vontade, dedicação e constância.

Na verdade, esse livro está mais para um magnífico ponto de partida, um norte para aqueles que se enfiaram em um buraco financeiro e não sabem como sair dele.

Por meio de sua escrita carismática e de seus vários exemplos pessoais, que são cativantes e ilustram muito claramente os ensinamentos da autora, Nathalia Arcuri produziu um verdadeiro manual da "desfudência financeira" (expressão da própria autora), que tem o verdadeiro potencial de atingir o seu tão almejado objetivo: ajudar a população brasileira a sair das dívidas e de uma vida financeira medíocre, auxiliando esse povo a produzir um país rico e maravilhoso.

Confie Nas Suas Ideias.

O ser humano é uma espécie deveras criativa, eivada de grande imaginação, característica tal que possibilitou o crescimento e o desenvolvimento da sociedade humana de uma espécie frágil e vulnerável, não apenas diante de outros organismos, mas também diante do meio ambiente, no grupo dominante no planeta Terra.

Tal característica só é limitada pela própria imaginação do ser humano e pela falta de confiança que as pessoas tem em si mesmas e na sua própria inteligência e criatividade.

O ser humano é empreendedor por natureza, vide. o número de empresas que existem no mundo hoje, a quantidade de invenções que surgiram ao longo da breve história da humanidade, algo nunca visto anteriormente nos aproximadamente 4.5 bilhões de anos de existência deste planeta azul, sem mencionar as incontáveis ideias e empreendimentos que surgem diariamente, vindas dos lugares mais inesperados e das pessoas mais inusitadas.

Porém, o fato é que todas as invenções da história humana e mesmo tudo que temos hoje em nossa sociedade, são uma parte ínfima do que o homo sapiens poderia ter criado.

Digo isto sem medo de errar, porque certamente a maior parte das boas ideias não passaram disso, ideias! Que nunca saíram da cabeça de quem as teve.

E o mais triste disso é pensar na quantidade de coisas boas que poderiam ter sido criadas, que poderiam estar gerando bons frutos para as pessoas, mas que não chegaram a existir.

E mais triste ainda é pensar nos motivos pelos quais muitas dessas ideias nunca saíram do imaginário.

Algumas pessoas não implementam suas ideias por medo de errar, por medo de não dar certo, por medo de serem criticadas, ou pelo fato de simplesmente não terem recebido apoio de ninguém, ou por alguém ter dito que era uma idiotice, que não daria certo. 

E isso gera uma perda incalculável para a pessoa dona da ideia e, sobretudo, para a humanidade.

Recentemente, ouvi uma história que me deixou perplexo, e que aqui compartilharei:


"Uma mãe chega no filho e diz:

- Filho, tive uma grande ideia!

O filho responde:

- É mesmo mãe? Me diga que ideia foi essa?

A mãe então, conta ao filho a sua ideia:

- Vou criar um canal no You Tube onde vou ensinar as pessoas a arrumarem a casa.

O filho fica surpreso com o que ouve e então fala para a mãe:

- Mãe, essa ideia não é boa. Ninguém vai querer assistir vídeos sobre isso. Qualquer pessoa sabe arrumar uma casa. Será uma perda de tempo.

A mãe, diante da resposta do filho, desanima, fica triste e abandona a ideia por completo.

Passados alguns meses, o filho participa de um evento de empreendedores e conversando com um dos participantes mais "badalados" do evento, pergunta qual foi a grande ideia do rapaz, que lhe responde com alegria e entusiasmo:

- Cara, eu criei um canal hiper badalado em que ensino as pessoas a arrumarem a casa.

O queixo do filho cai. A ideia de sua mãe, abandonada por culpa dele, foi pensada por uma outra pessoa, que agora estava colhendo os frutos que poderiam ser da mãe dele."


Eu sei que pode parecer uma história boba, e que a ideia daquela mulher pode não ser tão legal e interessante, mas perceba que é exatamente nesse ponto que quero chegar, a pessoa teve a ideia, e não a colocou em prática, porque alguém não achou que era "legal" o suficiente, ou que "não valia a pena", e por isso, perdeu-se uma oportunidade de ouro, e certamente, o arrependimento desse filho e dessa mãe são muito maiores do que se tivessem implementado uma ideia ruim.

Dito isso, confie na sua criatividade. Quando você tiver uma ideia, mesmo que pareça boba, ou mesmo que você não receba o apoio de ninguém, ou mesmo se as pessoas disserem que não vai dar certo, não desista.

Confie em você, trabalhe duro e invista nos seus sonhos, e você colherá os frutos.

E não tenha medo de errar. 

Muitas ideias brilhantes, muitos sonhos maravilhosos, e muitos trabalhos geniais são abandonados pelo simples medo de errar.

Nós, seres humanos, somos uma espécie criativa, então, escute a sua imaginação, invista nas suas ideias, deixe elas fluírem, e realize todos os seus sonhos.


Por Vinícius Vieira de Faria
Escritor
Em 27/03/2020

domingo, 22 de março de 2020

Serie ELITE - 3 Temporada

Série: Elite.
Criação: Carlos Montero e Darío Madrona.
Produtora: Zeta Producciones.
Emissora: Netflix.
Origem: Espanha.
Ano de Lançamento: 2018.
Número de Temporadas: 3.
Número de Episódios: 24.
Resenhista: Vinícius Vieira de Faria.
Data de Resenha: 22/03/2020.




Sinopse: Após três jovens da escola pública serem transferidos para um conceituado colégio de elite, o conflito entre classes acaba levando a um assassinato.



ELITE é uma daquelas series viciantes, que você começa a assistir e não consegue parar até o último episódio, e quando acaba a temporada, fica aquele sentimento melancólico que nos leva a ficar dias  e dias pensando na história, pesquisando sobre ela na internet, querendo saber quando será lançada a nova temporada, quais serão os destinos dos personagens, um sentimento que todo fã de serie conhecem bem.


A terceira temporada, que estreou na Netflix no dia 13 de março de 2020, manteve tal padrão e não deixou nenhum pouco a desejar, entregando aos fãs episódios dignos de maratona.

Preciso dizer que é muito comum que as series, ao longo do tempo e com o passar das temporadas, acabem perdendo a graça, se distanciando de sua premissa original, se perdendo em meio ao próprio enredo e não sabendo o que fazer com sua história, entregando aos fãs aqueles finais dignos de um "que merda foi essa", ou de um "claramente não sabiam como terminar a história", vide alguns títulos famosos como LOST, GAME OF THRONES e DEXTER.

Esse não é o caso de ELITE, que não apenas entrou para o pequeno rol de series que conseguiram não se distanciar de sua premissa e qualidade originais, bem como foi capaz de produzir uma terceira temporada que definitivamente supera as anteriores, além de produzir um fechamento de história digno de ser aplaudido de pé.

Nesta terceira temporada, nos deparamos com o assassinato de Polo (não é spoiler, pois consta no trailer), e com o mistério de quem o matou, dúvida alimentada de forma genial pelo enredo, que não nos permite saber com certeza quem é o assassino até sua revelação no último episódio.



Porém, o ponto alto da temporada não é o mistério da morte de Polo, mas sim o trabalho de desenvolvimento realizado em cima da história de cada um dos personagens, que são todos muito bem trabalhados e desenvolvidos ao longo dos episódios, além de todos receberem um desfecho ao final da temporada, de forma que não haverá problemas no caso de não serem lançados novos episódios ou caso a produtora decida renovar o elenco e o enredo, pois todos os personagens tiveram sua conclusão.

O mais belo dessa temporada foi a evolução que todos os personagens tiveram como seres humanos, e principalmente a mensagem que é passada ao final (você vai ter que assistir para saber qual é).

ELITE definitivamente conseguiu produzir uma história emocionante do início ao fim, digna de ser uma das mais assistidas na Netflix, e que ficará na memória dos fãs por muitos anos.

segunda-feira, 16 de março de 2020

Manifestações - Direito Básico Em Uma Democracia

Como é de conhecimento de qualquer pessoa que se mantem minimamente informada, ontem, domingo, dia 15 de março de 2020, foram realizadas manifestações em diversas cidades de nosso país, em defesa de algumas pautas apoiadas pela população e contra outras tantas execradas pelo povo.

Obviamente, temos atualmente um grave problema de saúde pública ocorrendo não apenas no Brasil mas em todo o mundo, a doença COVID-19, que é causada pelo CORONA VÍRUS, e não vou entrar no mérito se as referidas manifestações deveriam ou não ter ocorrido, primeiramente por que não é esse o objetivo deste artigo, e em segundo lugar por que as autoridades públicas de saúde e sobretudo o próprio Presidente Da República, orientaram e solicitaram que os protestos fossem adiados.

Dito isso, minha verdadeira preocupação é a forma como a maioria dos políticos deste país, com um apoio abissal de grande parte da impressa, e isso muito antes do tal CORONA VÍRUS ter se quer chegado ao nosso país, atacaram e tentaram minar as manifestações marcadas para o dia de ontem.

Muito tem se falado, com acusações levianas (e muita FAKE NEWS), não apenas de políticos mas de boa parte da impressa e dos ditos "intelectuais" e "formadores de opinião", que o Brasil está sendo governado por um "FACISTA", que ameaça a democracia, as Instituições Democráticas e a estabilidade da República, porém, essas mesmas pessoas atacam, negam, minam, tentam prejudicar manifestações do povo de forma autoritária, canalha, mentirosa, vergonhosa...

Falam muito de que não se pode atacar as Instituições Democráticas (só valendo quando as manifestações são contra Congresso - Legislativo - ou Judiciário - STF - sendo que o Presidente/Presidência da República - Executivo - ficam de fora de tal defesa às Instituições Democráticas).

Esquecem-se (ou omitem) que o povo e a vontade do povo são a ÚNICA Instituição INDISPENSÁVEL a uma democracia, e que essa é a única instituição dentro de uma nação que deve ser respeitada todo o tempo, e a única que não pode ser atacada, desmantelada, destituída ou afrontada, e pelo óbvio do óbvio, deve ser a instituição democrática mais poderosa e temida dentro do país.

Ignoram o fato de que esta nação foi construída com base em manifestações populares, pela voz do povo, e não apenas nos últimos cinco, dez ou vinte anos, mas por um longo tempo da formação da sociedade brasileira.

E o problema fica muito mais grave quando percebemos que o establishment (políticos, elites econômicas e intelectuais, a impressa...) não é contra manifestações, o problema é quando as manifestações atacam outros indivíduos ou poderes (Legislativo e Judiciário ou a Impressa é claro) que não o Executivo (Governo, Presidente/Presidência da República), pois quando é este o atacado, questionado, cobrado, aí não, aí tais pessoas tão preocupadas com as Instituições Democráticas se calam, aplaudem, apoiam e dão gritos de: "Faz parte da democracia", "O povo tem que cobrar mesmo, os governantes são nossos funcionários", e por aí vai.

Basta puxarmos um pouquinho a memória e vamos lembrar que esses grupos (políticos, elites intelectuais e econômicas e principalmente a impressa) são os que mais atacam, falam mal e apontam os pontos negativos do Período do Regime Militar (e com razão), e gostam sempre de lembrar e aplaudir que houveram manifestações contra o dito regime ao longo daquele período, o que muito contribuiu para a sua "queda". E não apenas isso, mas no período pós Regime Militar muitas outras manifestações foram realizadas cobrando e atacando o poder Executivo e aquele que sentava na cadeira presidencial naquele momento, e o establishment jamais gritou aos quatro ventos que era um ataque as Instituições Democráticas e que a democracia estava em risco. Interessante não é mesmo.

O fato é que o povo tem o total direito de se manifestar contra o Estado (dividido em Executivo, Legislativo e Judiciário) e contra tudo que julguem que está errado ou que seja oposto aos interesses da população, que como foi dito mais acima, é a verdadeira representante da democracia, e a única que sempre deve ser ouvida e respeitada.

Sendo assim, sempre que o povo julgar necessário, ele deve sim se manifestar contra o Estado, e não apenas contra o tal do Poder Executivo, mas sim, julgando necessário, contra o Poder Legislativo e o Poder Judiciário, e qualquer fala contrária a isso é, a meu ver, o verdadeiro atentado contra a democracia e sua única Instituição Permanentemente Democrática.

Da forma como foi tratada a questão pelos políticos e pela imprensa, o Congresso e o STF podem fazer o que bem quiserem, inclusive ações erradas, ações que atentem contra a população, ações que vão contra o interesse do povo, e este não pode jamais abrir a boca, questionar, reclamar, por que se não é um ataque as "Instituições Democráticas". Criem vergonha na cara!

Ademais, temos que refletir profundamente até que ponto o nosso Congresso atual pode ser considerado um representante do povo e uma "Instituição Democrática". Afinal de contas, o nosso querido Congresso altamente democrático que realiza as vontades e os anseios populares protagonizou as seguintes questões:

  1. Retalharam uma Constituição Federal novinha como um bebê (vide. Emenda Constitucional n.°16), que não tinha nem 10 (dez) anos de promulgação, para que um Presidente da República pudesse se reeleger e permanecer no cargo (Claro que tal ação é do interesse do povo, e não do Presidente em exercício na ocasião, do partido político do Presidente em exercício e dos políticos de modo geral).
  2. Protagonizaram o escândalo do mensalão (obviamente, em prol do interesse do povo é claro, afinal de contas, os Congressistas envolvidos fizeram tudo pela população e não colheram absolutamente nenhuma vantagem ou bons frutos).
  3. Fizeram o Impeachment da Ex-Presidente Dilma, porém, claramente em prol dos interesses da população, mantiveram alguns direitos da mesma, por que afinal era bom para o povo e não para ela ou para os políticos, claro.
  4. Por diversas vezes ao longo dos últimos 30 (trinta) anos, aumentaram seus próprios salários que são altíssimos, e com reajustes bem consideráveis por sinal, e isso mesmo nos momentos de crise econômica (que não foram poucos), tudo, obviamente pelo interesse da população, e não deles próprios, afinal de contas, que interesse tem os Congressistas em receberem cada vez mais dinheiro não é mesmo.
O fato é que o Congresso Brasileiro está bem longe de ser uma Instituição Democrática, que defende o interesse daquele que deve ser o mais valorizado em um país, O POVO.

Por Vinícius Vieira de Faria
Escritor
16/03/2020

domingo, 15 de março de 2020

Consultas Indesejadas Com O CIRURGIÃO

Livro: O Cirurgião.
Autora: Tess Gerritsen.
Série: Rizzoli & Isles.
Editora: Record.
Lançamento: 2001.
Páginas: 384.
Resenhista: Vinícius Vieira de Faria.
Data da Resenha: 15/03/2019.


Sinopse: Neste livro assustador, Tess Gerritsen narra o rastro de sangue deixado por um assassino cruel.
O agressor entra na casa de suas vítimas na calada da noite e segue até o quarto delas. Mergulhadas em sono profundo, as mulheres ignoram que irão acordar para um terrível pesadelo...
A precisão com que ele investe contra as mulheres, somada à crueldade da agressão - o útero das vítimas é arrancado -, sugere que o responsável pelas atrocidades seja um médico psicopata. Os jornais de Boston passam então a chamá-lo de "O Cirurgião".
Os detetives designados para investigar o caso, Jane Rizzoli e Thomas Moore, tem uma única pista: a Dra. Catherine Cordell, vítima de uma agressão com as mesmas características. Dois anos antes, a médica conseguiu escapar das garras do assassino com dois tiros fulminantes.
Parece, no entanto, que "o Cirurgião" está recriando com a mesma precisão o pesadelo vivido por Catherine. Pistas deixadas nas cenas dos crimes indicam que o psicopata tenta se aproximar da médica.
A cada novo crime, o assassino provoca Catherine, a única que pode ajudar na solução do mistério.



Em O CIRURGIÃO, TESS GERRITSEN nos apresenta um Thriller Médico assustador, com estilo e características muito peculiares, talvez únicas dentro do gênero, criando uma narrativa empolgante e estimulante, cheia de suspense e de muitos (muitos mesmo...) momentos que beiram o campo do sinistro.

Além do enredo que envolve e prende o leitor, os personagens são muito bem desenvolvidos, cada um ao seu modo, apresentando características, sonhos, medos e, principalmente, traumas singulares, todos convergindo para o enriquecimento e desenvolvimento da narrativa, o que resulta no trabalho maravilhoso que é entregue ao leitor.

Outro aspecto singular da obra é a introdução, de forma muito inteligente, do leitor na mente do assassino, o que acontece já na primeira página, levando aquele a conhecer e a se interessar  ainda mais pelo CIRURGIÃO, que, muito embora só vá ser apresentado oficialmente no final da narrativa, torna-se um dos personagens mais complexos e interessantes de toda a história.

O CIRURGIÃO é um livro interessante e empolgante do início ao fim, com um desenvolvimento sólido e contínuo, e com um encerramento que pode ser descrito simplesmente como fantástico, cabendo aqui aquela frase clichê: "Cara, eu não conseguia parar de ler".

Porém, o aspecto mais cativante do livro é, nada mais, nada menos, que a personagem principal, a Detetive Jane Rizzoli, que, embora divida espaço com outros dois bons personagens, o Detetive Thomas Moore e a Dra. Catherine Cordell (além do Cirurgião é claro), é a personagem mais interessante, envolvente e cativante, sendo testada como policial, como mulher, como filha, como ser humano ..., bom de todas as formas imagináveis. E no final, só o que se pode dizer é: "Eu amo essa mulher".

O CIRURGIÃO é uma obra sombria e assustadora, com momentos que farão passar calafrios na sua espinha, recheada de suspense, traumas, desafios pessoais, superação e até uma pitada de romance.