UM CONTO DE HORROR NO LAGO - CAPITULO 1

Vrummmmm!!!!

A Van azul de Carlos se deslocava em alta velocidade pela rodovia no meio do Cerrado Goiano. Felicidade estava no ar.

- Denise essa viagem vai ser tudo. O Pedro está super afim de você! Deu muito trabalho organizar essa viagem para vocês ficarem mais próximos. Vê se não vai amarelar.

- Não vou! Você sabe que sempre gostei dele Clara. Tomara que a gente chegue logo. Estou muito ansiosa.

Denise gostava de Pedro desde o colegial. Ele nunca tinha demonstrado interesse até recentemente quando em uma conversa com Carlos lhe confessou que sempre gostou da garota. Carlos era namorado de Clara que não demorou a ficar sabendo disso e foi logo correndo contar para a amiga. Depois ela organizou a viagem para ajudar os dois a se conhecerem melhor.

Todos haviam se encontrado naquela manhã, cerca de uma hora após o nascer do sol, para aquela viagem. Denise possuía cabelos negros e era branquinha, usava uma blusinha azul e calças jeans, Clara era ruiva com sardas e usava uma blusa rosa de alças finas e um short jeans azul escuro, já Giselle era uma loira estonteante que estava usando tomara que caia branca e uma leg florida. Os rapazes usavam todos calças jeans. Carlos era forte e estava de camiseta azul, Pedro era o mais baixo e magro dos três amigos e usava uma regata preta, já Lucas era mais alto e forte dos que os amigos e estava com uma camiseta vermelha. As garotas entraram na Van de Carlos e sentaram-se no banco de trás deixando os bancos da fileira do meio vazios. Denise ficou entre Clara – à sua esquerda – e Giselle – à sua direita. Enquanto isso os três rapazes sentaram-se nos bancos da frente, Carlos ao volante, Pedro no meio e Lucas à direita.

- O Pedro é uma gracinha! – Falou Giselle interrompendo a conversa das amigas. - Se você não ficar esperta fico com ele para mim!

- Giselle, não seja sem vergonha. Você sabe que a Denise sempre gostou dele, então não se atreva a jogar seu charme barato nele. Eu te chamei aqui foi para fazer companhia ao Lucas, não se esqueça disso.

Lucas era o melhor amigo de Carlos. Clara resolveu convidar Giselle para ele não ficar sozinho na viagem. Giselle era loira, magra, tinha belos seios e um bumbum torneado, tudo o que Lucas gostava em uma mulher e principalmente, ambos não queriam compromisso.

- Eu sei disso Clara, mas os garotos estão dois bancos à frente e não podem escutar o que cochichamos aqui atrás, então nós podemos brincar umas com as outras, afinal estamos entre amigas.

- Ela tem razão. Além disso, eu não me importo com o que a Giselle fala.

- Você deveria se preocupar comigo sim, afinal todos sabem que sou irresistível.

- Sabe Giselle, nem todos os homens se interessam por uma oferecida como você!

- Rsrsrsrs! Calma, só estou brincando. Estou aqui pelo Lucas. Você já viu aqueles olhos azuis? E aqueles músculos? Ele é um sonho. Quando chegarmos ao acampamento eu vou devorar ele.

Denise e Clara se entreolharam e sorriram disfarçadamente.

***

Enquanto isso no banco da frente os rapazes trocavam sua própria conversa sem que as garotas pudessem escutar o que eles falavam.

- Cara! Você é um sortudo Lucas! Vai ficar com a Giselle.

Lucas sorriu.

- Deixa a Clara escutar você falando isso cara. Aquela ruivinha é nervosa.

- Rsrsrsrsr. É verdade, a minha ruivinha é nervosa. Mas que a Giselle é uma gata isso ninguém pode negar.

- Não concordo! Pra mim a Denise é muito mais bonita.

- Não liga Carlos. Ele fala isso porque está apaixonado por ela.

Os amigos riram. Então Carlos viu uma placa à frente escrita “RESTAURANTE BOM APETITE – 10 km”.

- Que tal agente dar uma parada para o almoço?

Pedro e Lucas apenas acenaram positivamente com a cabeça. Carlos então falou com as garotas:

- Meninas, nós vamos parar para o almoço, tudo bem?

- Claro amor! Estamos todas com Fome.

***

Os amigos estavam viajando há quatro horas para um lago no Sul do estado de Goiás onde iriam acampar no fim de semana. Quando chegaram ao restaurante Carlos estacionou o carro em frente ao estabelecimento e então todos saíram da Van. Depois entraram, lavaram as mãos e se sentaram. Uma garçonete loira, com um vestido branco curto e avental preto se aproximou da mesa para fazer o pedido. Giselle notou que Lucas estava olhando para a garçonete. Depois que ela anotou o pedido e saiu Giselle falou com uma voz baixa e provocante:

- Então você gosta de mulheres com uniforme?

E Lucas respondeu:

- Gosto de mulheres bonitas, sem exceção. E os dois riram.

Enquanto Lucas e Giselle estavam a vontade um com o outro, Clara e Carlos conversavam tranquilos praticamente ignorando os outros – a intenção deles era deixar Denise e Pedro livres para conversarem entre si. Mas não foi o que aconteceu, pois Denise e Pedro estavam muito acanhados e não conversavam um com o outro, ficando simplesmente calados.

Apesar da tranquilidade enquanto os amigos esperavam seu pedido uma velha caminhonete preta estacionou do lado de fora. Um homem barbado, de calça jeans, camisa xadrez e botinas entrou no estabelecimento. Assim que entrou ele cumprimentou o dono do restaurante e notou a presença de Giselle sentada no meio do recinto. Ele se dirigiu para lá e chegando perto dela falou:

- Oi coisa linda. Que tal você e eu termos um momento a sós?

Lucas olhou o sujeito de cima embaixo enquanto Giselle respondia:

- Sinto muito, mas não estou interessada.

- O que é isso princesa, não se acanhe! Enquanto falava o sujeito abaixou e tocou a coxa esquerda de Giselle.

Lucas levantou enfurecido e num piscar de olhos deu um soco no olho esquerdo do sujeito que cambaleou, esbarrou em um garçom que vinha atrás e caiu, derrubando também o garçom.

- Não toque nela seu verme! Vociferou Lucas para o homem caído ao chão.

O homem levantou e olhou para Lucas – os olhos dele estavam carregados de uma raiva e um ódio sinistros. Foi então que ele começou a caminhar na direção de Lucas. Carlos e Pedro se levantaram também parando um a direita e o outro a esquerda de Lucas respectivamente. O sujeito não demonstrou medo e continuou encarando os amigos com aquele olhar sinistro. Foi então que dois garçons do restaurante chegaram, seguraram os braços do sujeito e o levaram para fora do estabelecimento. Os três amigos ficaram olhando enquanto ele saía sem oferecer resistência, entrava na caminhonete e ia embora.

Por Vinícius Vieira de Faria.

Em 02.08.2014.