segunda-feira, 15 de setembro de 2014

UM CONTO DE HORROR NO LAGO - CAPITULO 5

- Que merda é essa velho! – grita Carlos enquanto olha chocado o corpo do homem que havia brigado com ele e seus amigos no restaurante. O que esse cara tá fazendo aqui?

- Como foi que ele chegou aqui? – Pedro indaga.

- Obviamente que alguém trouxe ele – afirma Lucas. Afinal de contas ele não teria sobrevivido depois daquela batida.

- Na verdade você está errado Lucas – responde Carlos. Veja, esse corte na garganta foi o que provavelmente matou ele. Carlos pega um pano que estava em cima do gerador e o usa para limpar um pouco do sangue que estava sobre o corte. Olha aqui, o sangue ainda está fresco. Isso quer dizer que ele foi morto há pouco tempo. Com certeza não foi o nosso encontro na estrada que matou ele, foi algo que aconteceu depois.

- O que me preocupa mais ainda – diz Lucas. Que alguém quisesse matar esse idiota não é novidade para mim. Agora traze-lo para a nossa casa, isso é coisa de alguém querendo nos ferrar.

- Ou de alguém querendo nos assustar – rebate Pedro. Lembra-se da história do Nicolas? E se aquilo não for apenas ficção?

Lucas revira os olhos. Não começa Pedro. Que as meninas sejam paranoicas tudo bem, mas você não né cara.

- Considerando a circunstância não acho que seja mais uma paranoia Lucas. Pode haver outra explicação, mas no momento essa é a melhor que temos.

- Seja como for é melhor entrarmos e irmos falar com as meninas, explicar o que aconteceu e depois ligar para a polícia.

- Eu concordo. Vamos Pedro.

Os rapazes se viram, começam a caminhar e quando passam pela estante que ficava no meio do cômodo encontram uma mensagem escrita com sangue na parede: Vamos nos divertir muito...
Lucas fica calado por um instante. Acho que agora podemos começar a nos preocupar com a história do Nicolas...

Crack... Um barulho de vidro espatifando dentro da casa... as garotas gritam... e os rapazes correm para ver o que aconteceu.

***

Pedro, Lucas e Carlos atravessam a cozinha e entram na sala correndo. Eles olham pelo cômodo a procura das garotas. Encontram as três escondidas em locais diferentes, Giselle atrás do sofá, Denise atrás da escada próximo a estante e Clara atrás da mesa abaixada. Assim que os veem as garotas correm para próximo deles.

- O que aconteceu amor? – pergunta Carlos á Clara.

Ela aponta para a janela que fica a direita da porta. Alguém quebrou o vidro da janela amor, mas nós não vimos quem foi. O que tá acontecendo aqui?

Carlos olha para Lucas e para Pedro e então começa a falar:

- Não sabemos ao certo o que está acontecendo, só o que sabemos é que o cara que brigou com o Lucas no restaurante está lá atrás no galpão, morto!

Giselle grita, Denise fica horrorizada e Clara não consegue esboçar nenhuma reação.

- Mas como foi que isso aconteceu? Fomos nós quem causamos isso? – Pergunta Clara.

- Não Clara – responde Pedro. Nós olhamos o corpo dele e parece que a causa da morte foi um corte na garganta feito recentemente. Pelo jeito alguém o matou e depois o trouxe para cá.

- Ou ele veio com outra pessoa e foi morto aqui mesmo, afinal nós ficamos o dia todo fora e não teríamos visto nada – argumenta Lucas.

- Essa é uma possibilidade válida – concorda Pedro.

- Não importa como ou quando ele morreu – diz Denise. Só o que importa é sairmos daqui e chamarmos a polícia.

- Bem, não é tão simples assim – diz Pedro. Além do corpo, também havia um recado escrito com sangue na parede.

- E o que dizia o recado? – pergunta Giselle de forma relutante.

Lucas olha para a garota e responde: Vamos nos divertir muito!

- E o que isso quer dizer?

Os rapazes ficam com uma expressão de preocupados e então Carlos responde: Quer dizer que não vai ser tão simples assim. Alguém matou aquele cara e deixou um recado para nós. Seja quem for não deve ser uma pessoa normal, e as circunstancias me dizem que essa pessoa também quer nos matar.
Giselle não acredita no que escuta. A garota anda para trás, se escora e desliza pela parede, e então senta-se sobre os tornozelos, abaixa a cabeça e começa a chorar. Lucas se aproxima dela, também se abaixa e diz: Não se preocupe Giselle, eu vou te proteger o tempo todo. Prometo que não vou deixar nada acontecer com você. Giselle contem o choro, olha para o rapaz e sorri – Muito obrigada por cuidar de mim Lucas. Ele acena positivamente com a cabeça e a ajuda a se levantar.

- Mas quem será que está fazendo isso? Pergunta Clara.

Lucas olha para ela com uma expressão de pensativo – Eu aposto que é o Nicolas. Aquele cara não me engana. Primeiro ele conta uma historia sobre um Serial Killer e depois desaparece.

- Não viaja cara! - Responde Carlos. Ele já tinha me avisado que ia passar o dia na cidade e que poderia dormir por lá.

- Não coloco minha mão no fogo por ele Carlos.

- Galera! Acordem, não importa quem está fazendo isso, o que importa é nós sairmos daqui o mais rápido possível – diz Pedro.

Todos concordam.

- E como vamos sair daqui? – indaga Clara.

- Do jeito que chegamos, com a Van do Carlos! – responde Pedro. Precisamos ver como está à situação do lado de fora da casa. Se a barra estiver limpa nós corremos para a Van e damos o fora daqui.

***

Pedro se aproxima da lateral da janela esquerda, Lucas da janela da direita e Carlos fica preparado para abrir a porta. As garotas ficam atrás de Carlos esperando para sair junto com ele. Pedro e Lucas olham o lado de fora da casa, observam toda a região e não veem nada.

- Parece que está tudo tranquilo – afirma Pedro. Eu concordo – responde Lucas. Então Carlos abre a porta lentamente... E quando ela está totalmente aberta... Ele sai devagar, observa se tem alguém por perto e ao concluir que não há ele chama as garotas.

Carlos vai até a Van observando ao seu redor se alguém aparece. Enquanto isso vão atrás dele Clara, Giselle, Denise, Pedro e Lucas que deixou a porta aberta. Os seis chegam ao veículo sem dificuldade. Carlos usa sua chave para destrancar a Van e abre a porta do motorista... E ao olhar para o painel do carro... Vê todos os fios arrancados, cortados e destruídos.

- Que droga!

Pedro se aproxima por trás e olha o que estava havendo. Mas que merda velho. Parece que alguém não quer nos deixar sair daqui. Lucas chega junto dos amigos e olha o que está acontecendo. Galera parece que nossa ultima saída é o barco, vamos para lá. Todos concordam.

Enquanto vão em direção ao barco todos olham cautelosamente ao redor para não serem pegos de surpresa por quem estava fazendo aquilo com eles. Quando estavam há cerca de 20 metros do barco ele... Explode!!!

O impacto joga todos para trás. Giselle levanta a cabeça e olha para o fogo e começa a chorar – Nós vamos morrer! Nós vamos morrer! Lucas se levanta, segura o braço da garota e a ajuda a se levantar – Calma Giselle! Vamos galera! Temos que voltar para a casa. Levantem-se!


Todos se levantam e olham as chamas consumindo o barco e sua ultima chance de sair daquele local. Sentem o calor em seus rostos, e o brilho das chamas ilumina todo o ambiente. Então os amigos se viram e correm para a cabana, na esperança de que ela possa protegê-los.

CONTINUA...

Por Vinícius Vieira de Faria.

Em 15/09/2014.

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