segunda-feira, 29 de maio de 2023

THANOS E SUA NÃO TÃO INOVADORA IDEIA!

        Há alguns anos foi lançado o filme VINGADORES: GUERRA INFINITA, que apresentou o vilão Thanos, um dos mais cruéis e violentos seres do Universo Marvel e que possui um plano com objetivo nefasto: utilizar a manopla do infinito para eliminar metade da vida do universo em um estalar de dedos.

        Esse também é o objetivo do personagem nos quadrinhos da Marvel, porém por motivos distintos. Enquanto nas HQ's o intuito de Thanos é agradar a Deusa Morte, no universo cinematográfico suas intenções são muito mais "nobres": Salvar o universo de si mesmo. A ameaça? Os recursos no universo são finitos e a quantidade de seres vivos aumenta infinitamente. De acordo com o personagem, isso levará a um cenário catastrófico, que resultará no fim de todos os seres vivos. A solução mais razoável encontrada por ele? Cometer genocídio eliminando cinquenta por cento de todos os seres vivos.

        Mas, será que isso faz sentido?

        A ideia está errada em sua essência. Os organismos não podem crescer para além do que os recursos disponíveis conseguem suportar. Alias, as populações sequer podem crescer até o máximo que os recursos existentes permitem, pois, antes mesmo disso, a competição e as pressões do consumo controlarão o quantitativo de indivíduos, impedindo o colapso.

        Esse é o cenário em ambientes terrestres que costumam ter climas agressivos, como a savana africana por exemplo. Naquele bioma claramente existe uma limitação de recursos, principalmente no período da estação seca, mas mesmo assim os leões e outros animais nativos desses habitats não entram em extinção. Claro que todos os anos esses animais são acometidos por grandes dificuldades, tais como a fome e a seca, o que resulta na morte de muitos deles, consequentemente reduzindo as populações, mas nunca levando a extinção. Isso porque a escassez de recursos limita o tamanho das comunidades animais, impossibilitando o crescimento desenfreado e, para além disso, garantindo a sua redução a medida que os recursos ficam mais e mais limitados. 

       Veja a população humana por exemplo. Por que não atingimos os sete bilhões de indivíduos há dez mil anos? Ou há dois mil? Ou há mil? Por que isso ocorreu? Bem, o motivo é muito simples. Porque tínhamos uma limitação na quantidade de recursos disponíveis, ou seja, há dez mil anos não havia recursos suficientes para sustentar uma população de sete bilhões de humanos.

        Note que a espécie humana aumentou gradativamente o seu número por cerca de duzentos mil anos, até chegar a um bilhão de indivíduos durante o século XIX. Coincidentemente, foi no final do século anterior que teve início a revolução industrial, intensificada ao longo do século XIX, possibilitando um bum na disponibilidade de recursos, justamente devido ao grande aumento na produção. E apenas no século XX chegamos aos dois bilhões de indivíduos, coincidência ou não, o século da globalização, que novamente possibilitou um bum na produção, elevando ainda mais a quantidade de recursos. 

        E quanto mais a capacidade produtiva e a quantidade de recursos disponíveis aumentava, mais a população humana crescia, até chegar nas impressionantes cifras atuais, de oito bilhões de seres humanos no planeta Terra, número esse que segue aumentando.

        O que podemos concluir disso?

        Primeiramente que Thanos estava redondamente enganado. O crescimento do número de seres vivos não levaria a um colapso do universo, pois a quantidade de recursos disponíveis por si mesma controlaria a população. Os seres vivos, assim como a humanidade, só podem crescer até o ponto em que os recursos conseguem sustentá-los. 

        Em segundo lugar, podemos concluir que todas as vezes que aparece alguém com ares de bastião da moralidade, da verdade e do que é certo, pregando soluções radicais para um problema existente, o resultado são mortes incalculáveis. 

        Basta olharmos para a nossa história e perceberemos exatamente isso.


Escrito em 29 de maio de 2023

Por V.


 

quarta-feira, 7 de julho de 2021

Resenha da Serie SWEET TOOTH [1º Temporada]

Sinopse: Em uma perigosa aventura em um mundo pós-apocalíptico, um adorável menino-cervo sai em busca de um novo começo na companhia de um protetor rabugento.


Sweet Toth


O que acontece quando um grave problema de escala global acomete a espécie humana e ameaça as vidas da maioria das pessoas?

Sweet Tooth nos apresenta uma perspectiva de como tal problema influenciaria a humanidade, assim como esta reagiria diante de uma calamidade global:

Medo;

Desconfiança;

Traição;

Controle;

O fim da razão;

Caos...

Esses são alguns dos elementos escancarados na obra, explorados de uma forma extremamente crua e visceral, principalmente se levarmos em consideração sua baixa faixa etária, para 14 anos.

A abordagem da serie fica ainda mais interessante quando contrastada com o mundo real e com seu atual contexto, em que se destaca um certo probleminha biológico global que "surgiu" no início do ano de 2020, bem como a reação das pessoas, dos grupos, das classes sociais, das Instituições, e dos Governos mundo afora.

Assim, Sweet Tooth destaca-se no cenário do entretenimento como um dos principais e mais interessantes lançamentos de 2021 até o momento, apresentando um bom enredo, personagens cativantes, uma miríade de gêneros (aventura, fantasia, ficção científica, terror e mistério) que enriquecem a obra, além da vantagem de ter sido lançado na época perfeita para a abordagem de sua história. Certamente uma jogada de mestre.

Sweet Toth


MAS DO QUE TRATA A HISTÓRIA


O Mundo de Sweet Tooth é atingido por um vírus brutal, o 'flagelo', que massacra a população de uma forma terrível, reduzindo drasticamente o número de indivíduos e submentendo a humanidade a sofrimentos terríveis, não apenas àqueles decorrentes diretamente da doença causada pelo vírus, mas também a inúmeros outros resultantes da ação humana quando submetida a uma situação de estresse drástico.

Concomitante a isso, nascem inúmeras crianças híbridas de humanos com animais pelo mundo. O personagem principal, Gus, é uma dessas crianças, sendo um híbrido de humano com cervo.

O nascimento dessas crianças é visto com desconfiança, pois a humanidade não sabe se elas são um resultado da ação do vírus ou se as próprias causadoras da ameça biológica, desencadeando o que há de pior no ser humano, e resultando em uma atrocidade de congelar o sangue nas veias.

O QUE MAIS É OFERECIDO PELA OBRA


Apesar de ser ambientada em um universo pós-apocaliptico, nem tudo é sofrimento na série. A mesma é recheada por diversos momentos de ternura, alegria, aventura, diversão e até fofuras, tendo em vista que as crianças híbridas são muito lindas e interessantes.

Gus, o personagem principal, um garoto-cervo, escapou das atrocidades decorrentes do 'flagelo', graças ao seu pai, que o protege dos perígos do mundo. Porém, depois de algum tempo, assim como acontece com qualquer criança que vai crescendo, Gus passa a se interessar pelo mundo, e seu desejo de aventura começa a crescer de forma desenfreada, bem como sua vontade de encontrar e conhecer um certo alguém. Esses elementos abrem caminho para a "grande aventura" da trama.

Além disso, como híbrido e personagem principal que é, Gus é rodeado por um ou por alguns segredos ou mistérios, que contribuem para o desenrolar da história.

Sweet Toth


PERSONAGENS


No decorrer da história, somos apresentados a diversos personagens, de modo que a narrativa acompanha pelo menos três arcos principais de acontecimentos, intercalados por momentos no presente e no passado e que se desdobram também em sub-arcos que contribuem para o entendimento de toda a história.

Embora esse arcos tendam a se convergir para um futuro e inevitável encontro, a escolha por abordar a história em diferentes perspectivas enriquece o enredo e contribui para evitar o cansaço por parte do telespectador, já que a narrativa está sempre se alternando, ofertando diferentes elementos para quem está acompanhando a obra.

Além disso, outro acerto do enredo é a construção das histórias dos demais personagens de uma forma tão interessante ou até mais do que a de Gus, contribuindo de forma brilhante para a trama.

Sweet Toth


O QUE ESPERAR PARA A PRÓXIMA TEMPORADA


Toda a construção e a abordagem da primeira temporada contribuem para que Sweet Tooth seja uma das melhores séries lançadas até o momento neste ano de 2021.

A obra tem bons personagens, um problema central interessante, arcos e histórias cativantes, e um final com alguns execelentes ganchos para a próxima temporada.

Entretanto, considerando o histórico de séries, principalmente as da Netflix, a tendência é que a próxima temporada seja um pouco menos interessante que a primeira, devido a alguns fatores que poderão impactar a obra:

1. PERDA DO FATOR NOVIDADE:


Não é mistério para ninguém que tudo aquilo que é novidade é mais interessante para nós, seres humanos. E no quesito séries, essa é uma verdade quase que absoluta. Quantas vezes foram lançados seriados que conquistaram o público de uma forma arrebatadora, mas que com o passar das temporadas ficaram cada vez mais repetitivas, sem graça, sem apelo, sem cativo junto aos fãs. Esse certamente será um obstáculo a ser superado pela próxima temporada de Sweet Tooth.

2. GANCHOS E EXPECTATIVA:


O final da temporada deixou alguns, ou melhor, vários ganchos para a continuidade da obra. Além disso, a história, personalidade e passado dos personagens foram muito bem explorados nesse primeiro momento da série. 

Diante disso, por conta do hype criado, a tendência é que a série tente se superar, buscando a velha fórmula do "mais e maior é melhor", ou seja, apresentar acontecimentos maiores, mais explosivos, mais mirabolantes, na tentativa de manter o interesse, porém sem agregar nada de novo e sem nem conseguir explorar de forma satisfatória os elementos já inseridos na trama.

A outra possibilidade é que os produtores não utilizem esse aspecto apelativo do quanto "mais e maior é melhor", mas acabem não conseguindo ofertar um enredo cativante que atenda as expectativas criadas com a primeira temporada e principalmente com os ganchos de seu final.

ACALME-SE, NEM TUDO PRECISA SER PESSIMISMO


Felizmente, a obra é baseada em quadrinhos da DC COMICS, de modo que existe uma boa base para a construção da continuidade da série. Logo, se for bem adaptada pelos produtores, a tendência é que a continuação seja extremamente satisfatória e muito bem sucedida junto ao público.

NOTA FINAL


A série apresenta bons personagens, vários elementos de diversos gêneros que são bem abordados, e um enredo contextualizado com o mundo real, proporcionando ao telespectador a oportunidade de realizar uma boa reflexão pessoal e sobre o mundo, ou apenas um momento pipoca com a família.

⭐⭐⭐⭐✰

Já assistiu a série? Deixe nos comentários o que achou. Se gostou da resenha, compartilhe para ajudar na divulgação do meu trabalho. Clique na barra lateral e visite as minhas redes sociais.

Um grande abraço e até a próxima.

Por Vinícius Vieira de Faria
Escritor, Blogueiro e Criador de Conteúdo Digital
Em 07 de julho de 2021

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Resenha do Livro Psicopatas do Cotidiano - De Katia Mecler


Livro: Psicopatas do Cotidiano - Como Reconhecer, Como Conviver, Como Se Proteger.
Autora: Katia Mecler.
Editora: Leya Brasil.
Edição: 2ª Edição.
Ano: 2020.


Sinopse: De perto, ninguém é normal. Pare um segundo para observar as pessoas com as quais convive no seu dia a dia e você com certeza vai identificar o chefe obsessivo, a namorada sempre desconfiada, o amigo que sabe falar apenas de si mesmo. Eles estão à sua volta, e não percebem o sofrimento que causam a si próprios e a quem tem que lidar com eles - são os psicopatas do cotidiano. Neste livro, Katia Mecler identifica dez tipos de transtorno de personalidade e explica os traços patológicos característicos a cada um deles. Você vai descobrir como são as mentes perturbadas e aprender a lidar com elas sem abrir mão da convivência.


Livro Psicopatas do Cotidiano
Livro Psicopatas Do Cotidiano - De Katia Mecler

Muitas vezes, o leitor está andando sem muito compromisso por uma livraria, apenas passando o tempo, observando as novidades, e de repente BUM!!! É pego de surpresa, ao encontrar um livro que destoa entre os outros. Sua capa é super interessante. Seu nome é cativante. Sua sinopse é sedutora. E então, quando você se dá conta, está caminhando para sua casa ansiando pela leitura de sua nova aquisição.

Em Psicopatas Do Cotidiano, a autora Katia Mecler nos apresenta informações extremamente interessantes e ao mesmo tempo assombrosas sobre a realidade da psique humana, bem como sobre alguns dos "transtornos" psicológicos mais curiosos.

Se você é daquele tipo de pessoa que acha que as coisas e situações só acontecem na vida dos outros, ou que só acontecem em outro país, com outras pessoas, e que nunca nada parecido pode acontecer você, repense.

Se por ventura você acredita que os psicopatas são indivíduos que existem apenas naquele padrão mostrado nos filmes, que são fáceis de serem identificados e que inevitavelmente cometerão uma série de assassinatos, você pode estar enganado.

Talvez você imagine que a depressão seja o único "transtorno" psicológico que pode fazer mal e levar um ser humano ao sofrimento, bem como ao suicídio. Bom, nesse caso, este livro é muito necessário para você perceber o quão enganado pode estar.

Psicopatas Do Cotidiano - Perfil Antissocial
Livro Psicopatas Do Cotidiano: Capítulo Sobre O Perfil Antissocial

Nesse livro é apresentada uma gama gigantesca de perfis e "transtornos" psíquicos, sendo uma fonte riquíssima de conhecimento, totalmente aplicável ao dia a dia e às pessoas com quem um indivíduo comum convive.

Ao longo da obra, a autora descreve e detalha magistralmente cada um dos perfis psicológicos, com o livro sendo extremamente bem estruturado, dividindo-se por seções, cada uma agrupando os diferentes "transtornos" de acordo com a sua "classe" ou "categoria".

O Que Me Surpreendeu?

Ao longo da leitura do livro, o que mais me surpreendeu, além de perceber que os perfis ali descritos e detalhados podem ser encontrados no dia a dia de qualquer pessoa, foi constatar que já conheci e convivi com diversos indivíduos que apresentavam alguma dessas psiques, ou pelo menos, algumas de suas características.

É incrível, e ao mesmo tempo assustador, perceber que pessoas assim podem estar presentes em nossas vidas e nós nem percebemos. 

Capítulo do Livro Psicopatas Do Cotidiano - De Katia Mecler


Do Que Gostei?

Além do conhecimento super interessante apresentado no livro, a forma de organização da obra contribui muito para a absorção do conhecimento apresentado.

Os "transtornos" são separados em grupos, de acordo com suas características definidoras, o que facilita muito a compreensão dos conhecimentos expostos pela autora.

Além da estrutura do texto, a escrita de Katia Mecler é muito clara, de modo que qualquer pessoa consegue entender o que está exposto no livro, não havendo necessidade de ser um profissional da área ou um expert.

Por fim, o que mais gostei na obra, é que a autora apresenta cada um dos perfis descrevendo-os em pessoas reais, de modo que o leitor é mergulhado no conhecimento que está sendo passado. Não há como não aprender o que a autora tem para nos ensinar.

Do Que Não Gostei?

A única coisa que consigo citar é que o livro é muito curto, acaba muito rápido e o leitor fica com gostinho de quero mais. São apenas 256 páginas na obra, de um conhecimento dos mais cativantes e interessantes a que tive acesso nos últimos tempos.

A Quem Recomendo A Obra?

Essa obra é recomendável a todas as pessoas, tendo em vista que o conhecimento apresentado nela é necessário e aplicável a vida de todos os seres humanos.

Se todos os indivíduos tivessem esse tipo de conhecimento e soubessem minimamente como lidar com pessoas que tem algum tipo de "transtorno" psicológico, muito sofrimento e muitas tragédias poderiam ser evitadas.

A Autora:

Katia Mecler é psiquiatra e coordenadora do Departamento de Ética e Psiquiatria Legal da Associação Brasileira de Psiquiatria. É professora do programa de Pós-graduação em Psiquiatria Forense do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPUB/UFRJ). Tem três prêmios Álvaro Rubim de Pinho, concedidos pela Associação Brasileira de Psiquiatria.


É isso aí pessoal. Agradeço pela sua visita. Peço que curta, comente e compartilhe esta postagem para ajudar no meu trabalho. Um grande abraço e até a próxima!


Por Vinícius Vieira de Faria

Escritor, Blogueiro e Produtor de Conteúdo Digital.

Redigido em 25 de junho de 2021.



domingo, 20 de junho de 2021

The Witcher: Resenha da Série - 1ª Temporada

The Witcher é uma série de Ação e Aventura da Netflix, baseada na obra literária de Andrzej Sapcowski. Foi lançada em 2019 na Netflix, e conta hoje com uma temporada, composta por oito episódios.

 Sinopse

 

Geralt de Rivia, um mutante caçador de monstros, sai em busca de seu destino em um mundo turbulento, onde as pessoas podem ser mais perversas que as criaturas selvagens.


Em The Witcher, acompanhamos uma trama ambientada na era média, com as histórias desenvolvendo-se em torno da jornada de Geralt de Rivia (Henry Cavill), personagem principal da trama.

The Witcher
The Witcher. Foto de Geralt.


Geralt é um Bruxo, que no contexto da trama, trata-se de um humano mutante, que vive de caçar e combater monstros e criaturas míticas, tendo algumas habilidades que fazem dele uma espécie de herói, mas que devido a suas "diferenças" com o restante da humanidade, acaba por ser tratado como um pária, ou seja, apenas mais um monstro que tem alguma serventia para os humanos.

Ao longo da série, acompanhamos os diversos relacionamentos, ou tentativas de relacionamentos, de Geralt com as outras pessoas, o que acontece em choque com sua personalidade "difícil", que tende a dificultar muito a tarefa para qualquer indivíduo que tente se aproximar do bruxo.

Entretanto, a série não fica restrita apenas a figura de Geralt, nos apresentando outros personagens que tem suas histórias também bem exploradas. Na verdade, em alguns episódios, o bruxo praticamente não aparece, de modo que ocorrem diversas mudanças no enfoque da narrativa, o que contribui para que o espectador não fique cansado ou desgastado com uma abordagem repetitiva e massiva sobre um único aspecto ou personagem da trama.

Dentre os outros personagens que aparecem, temos destaque claro para Yennefer (Anya Chalotra), Ciri (Freya Allan) e Dandelion (Joey Batey).

Yennefer é uma personagem extremamente interessante, e a personagem que tem o melhor arco ao longo dessa primeira temporada, tendo não apenas a melhor história entre os personagens, mas sendo também a que é melhor explorada e que sofre a maior evolução ao longo da trama.

Quanto a Ciri, esta tem um papel muito importante ao longo da temporada, porém, seu desenvolvimento é mais lento, ocorrendo como uma forma de preparação e desenvolvimento da personagem para ser melhor explorada durante as próximas temporadas da série.

Já Dandelion, é o personagem que funciona como alívio cômico, contrastando com a personalidade ácida de Geralt. Tem uma boa importância para o desenvolvimento da obra, contribuindo para a ocorrência de alguns dos principais motores da história.

The Witcher
The Witcher. Foto de Geralt, Yennefer e Ciri.


Porém, apesar da relevância e do excelente trabalho de desenvolvimento desses personagens, suas histórias acabam estando ligadas diretamente à trajetória de Geralt, de modo que o motivo de se contar suas histórias é praticamente para construir elementos relacionados ao bruxo, com exceção, talvez, de Yennefer, que é a personagem mais bem explorada durante a temporada, e cuja existência na série é quase que independente de Geralt, ou seja, se suas histórias não se cruzassem de forma alguma, o arco da feiticeira continuaria existindo e sendo interessante.

Outro aspecto muito interessante dessa primeira temporada é que foi contada em uma trajetória não linear, não apenas cruzando as histórias dos personagens principais, como também entrelaçando momentos do passado com o presente, o que tornou a narrativa muito mais rica, embora algumas pessoas possam ter dificuldade à princípio para entender a história.

Do que gostei


The Witcher é uma série de fantasia ambientada na Europa Medieval, recheada de elementos presentes em outras obras como O Senhor dos Aneis, Gerra dos Tronos e Harry Potter, tais como: Bruxos, Feiticeiras, Monstros, Elfos, Castelos, Guerra, Aventura e muito mais.

O figurino da série, bem como a ambientação, são apaixonantes, cumprindo o objetivo de nos mergulhar na história e de fato nos levando para a terra média.

Dentre os personagens, destaque para:

1. Yennefer:


É a personagem mais bem trabalhada e com melhor arco de toda essa temporada.

The Witcher
The Witcher. Foto de Yennefer.



2. Dandelion:


Dandelion é o personagem alívio cómico da história, mas também é o responsável por compor as músicas da série, aquelas típicas músicas de filmes medievais, que contam histórias de heróis, com muitas rimas e ritmo alegre. Suas aparições cantando e compondo músicas foram simplesmente alguns dos momentos mais divertidos e alegres da temporada.

3. Plotka:


A égua de Geralt tem papel fundamental em The Witcher, aparecendo em diversos momentos, sobretudo como parceira de conversa do bruxo, de modo que alguns dos poucos momentos em que conseguimos nos aprofundar na personalidade e sentimentos do personagem principal são justamente em seus monólogos com a égua.

Do que não gostei


A aparição dos Elfos ocorreu por pouquíssimo tempo de tela, de modo que não foram muito explorados, embora Elfos sejam alguns dos personagens mais interessantes de qualquer obra do gênero. Apesar disso, acredito que foi uma escolha consciente dos produtores, a fim de trabalhar essa raça de forma mais profunda nas próximas temporadas.

Outro aspecto que não gostei foi a pouca exploração que deram para Aretuza, a escola de magia que aparece na série. Nessas histórias medievais, um dos aspectos mais interessantes são justamente os feiticeiros e magos, porém, nessa obra, tais personagens não são muito explorados. Torçamos para que isso mude na próxima temporada.

Aprendizado Com A Obra


Durante a trama, podemos acompanhar diversos atos de violência e maus tratos de alguns personagens contra outros, não apenas de seres humanos contra outras raças, mas também entre os próprios humanos.

Com isso, vemos como a humanidade pode ser cruel e repleta de veneno, e o aprendizado que fica é o de nunca fazer isso com outras pessoas, buscando sempre a empatia e o amor ao próximo.

Segunda Temporada


A Segunda Temporada da série sofreu alguns atrasos, devido a grave crise sanitária que tem assolado o mundo no último ano. A previsão é de lançamento no segundo semestre de 2021, conforme postagem do Site Omelete.


Espero que tenham gostado da postagem. Compartilhem para ajudar no meu trabalho e visitem as minhas redes sociais. Obrigado e até a próxima!!!


Por Vinícius Vieira de Faria
Escritor e Blogueiro